O preço da gasolina vai baixar mais uma vez nas refinarias a partir dessa sexta-feira, 2 de setembro. O anúncio foi feito na noite de ontem, dia 1º pela Petrobras. A redução será de mais R$ 0,25 de forma que o litro passará de R$ 3,53 para R$ 3,28.

Considerar a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba.

Mas claro que esse é o preço de venda para as refinarias. O valor que chega na bomba ao consumidor ainda contém as partes das distribuidoras, além dos impostos que incidem sobre o preço dos combustíveis (veja o detalhamento abaixo).

Essa será a 4ª redução das últimas semanas. A primeira delas, de R$ 0,20 aconteceu no dia 20 de julho, depois no dia 29 houve mais uma redução de R$ 0,15 e então, em 16 de agosto outra diminuição de R$ 0,18.

Como é constituído o preço da gasolina?

Atualmente o preço média da gasolina no Brasil é de R$ 5,25 por litro. Os fatores que entram no cálculo desse preço hoje são os seguintes:

  • Distribuição e revenda: R$ 0,96 (18,3% do total)
  • Custo do Etanol Anidro: R$ 0,79 (15%)
  • Imposto Estadual: R$ 0,93 (17,7%)
  • Impostos Federais: R$ 0,00 (zerados até dez/2022)
  • Parcela da Petrobras: R$ 2,57 (49%)

Política de preços da Petrobras

Atualmente a Petrobras usa o Preço de Paridade de Importação (PPI) para definir o valor que cobrará dos distribuidores. Ele considera o preço dos combustíveis praticado no mercado internacional, os custos logísticos de trazê-los ao Brasil e uma margem para remunerar os riscos da operação. Como o preço no mercado internacional é em dólar, a cotação da moeda também influencia o cálculo.

Essa fórmula foi adotada a partir de 2016, no governo Michel Temer. Nos governos Lula e de Dilma Rousseff, a definição do preço considerava a variação do petróleo no mercado internacional, mas também os custos de produção de petróleo no Brasil. Dessa forma, a estatal conseguia segurar mais os impactos de oscilações dos preços no mercado internacional para o consumidor interno.

O problema dessa política de preços é que eventualmente, ao segurar a barra dos preços a Petrobras acabava lucrando menos ou tendo até mesmo prejuíjo. Isso porque ela Às vezes vendia combustível no mercado interno por um preço menor do que o pago pela importação.

Para os investidores isso não era considerado nem um pouco vantajoso. No entanto, o Brasil é autossuficiente em petróleo, mas não em combustíveis. Em 2021, o país importou 23% do diesel e 8% da gasolina que consumiu, para se ter uma ideia.

Outro ponto considerado pelo governo é que se a Petrobras cobra um preço abaixo do praticado no mercado internacional, os importadores privados se veem em dificuldades para atuar, já que eles terão que praticar esse preço internacional. Nesse cenário, eles apontam que, ou a Petrobras voltaria a importar e revender a preços mais baratos ou haveria desabastecimento.

Com informação, Agência Petrobras