Quem precisar de um remédio e for até uma farmácia desde a última sexta-feira, 1º de abril, vai reparar que os preços dos medicamentos estarão mais caros. Isso porque foi publicada no Diário Oficial da União nesse dia 1º, um resolução que permite uma elevação.

O documento foi elaborado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos e o reajuste foi autorizado nessa semana pelo governo federal. Mas o percentual máximo de elevação liberado foi de 10,89%.

A partir de agora as farmacêuticas já podem definir novos preços e aplicar o reajuste. Essa taxa é valida para as 3 classes de medicamentos e de perfil de concorrência da substância: nível 1, nível 2 e nível 3.

Elevação acima da inflação

Essa elevação de 10,89% chamou a atenão por ter ficado acima da inflação registrada em 2021, que foi de 10,54% considerando o Indice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país.

Esse reajuste também foi maior do que o do ano passado, quando uma elevação de 10,08% já havia sido liberada apesar de a inflação ter side de apenas 4,52% em 2020.

Como é calculado o reajuste?

A questão é que além da inflação, o cálculo do reajuste de preços de medicamentos também leva em consideração outros indicadores, como o Fator X, o Fator Y e o Fator Z

O Fator X é baseado na estimativa de ganhos futuros de produtividade da indústria farmacêutica brasileira. Já o Fator Y se refere ao ajuste de preços entre setores, que foi fixado em 0,35%, considerando os custos de produção não captados pelo índice oficial da inflação que é o IPCA. Por fim, o Fator Z tem relação com os preços do intrassetor.

Em 2022, o reajuste foi calculado com base nos seguintes índices:

  • IPCA: 10,54%
  • Fator X: 0% (zero)
  • Fator Y: 0,35%
  • Fator Z: 0% (zero)

Portanto, somado os 10,54 do IPCA, com o 0,35 do Fator Y, temos os 10,89% do reajuste solicitado e autorizado.

Tem como economizar?

Quem precisa de remédio, por qualquer que seja o motivo, não tem muito o que fazer. Deixar de comprar não é uma opção porque esse não é um gasto supérfluo, não é mesmo? Então, há algo que se possa fazer na hora de comprar remédios?

A resposta é que, sim, há o que fazer. Você pode se cadastrar em programas de desconto das próprias farmácias, por exemplo. Boa parte delas já possui aplicativos e cadastros por meio dos quais o cliente consegue obter desconto, especialmente nos medicamentos que são comprados com mais frequência. É uma forma de a farmácia tentar conquistar uma certa fidelidade dos clientes.

Além disso, há programas do governo federal como o Farmácia Popular, que também dão descontos significativos na compra de remédios, quando não os distribuem gratuitamente. Além disso, alguns estados que possuem seus próprios programas.