A Secretaria de Política Econômica, com vínculo ao Ministério da Economia, manteve em 1,5% a estimativa de crescimento da economia do Brasil para 2022. No final de 2021 a pasta previa uma alta de 2,1%.

Se confirmada, a estimativa presente no Boletim Macrofiscal divulgado na última quinta-feira, 19 de maio, mostra um PIB (produto interno bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — de R$ 9,6 trilhões.

De acordo com o documento, "a melhora no desempenho do PIB brasileiro tem ocorrido pela retomada no setor de serviços e ampliação dos investimentos, o que tem se refletido na robusta recuperação do mercado de trabalho".

Nível da economia confirma estimativa do governo

De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, os dados sobre o nível de atividade confirmam as estimativas do governo de que o Brasil segue em recuperação.

O ministro pontua que "As previsões de crescimento do mercado estão sendo revistas e convergindo para a nossa expectativa de 1,5%. Ainda acho que podemos ter surpresas positivas ao longo do ano".

Além disso, a pasta cita que o atual nível da produção de bens de capital e a intenção de investimento, que segue em patamar positivo, e historicamente alto, como fatores determinantes para o crescimento da economia em 2022, suficiente para reverter o restrição na produção, bem como na importação imposta pela quebra das cadeias globais, gerada pelos reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Segundo a Secretaria de Política Econômica,

"Mesmo nesse contexto adverso, a atividade econômica brasileira mostrou-se positiva no primeiro trimestre de 2022 em vários ramos, em especial na indústria e nos serviços, confirmando o reaquecimento da atividade e a melhora no ambiente de negócios".

Apesar da manutenção, a estimativa figura distante da projetada pelos analistas financeiros consultados todas as semanas pelo Banco Central (BC). De acordo com a última divulgação, apresentada no dia 02 de maio, o PIB deve crescer 0,7% em 2022. Entretanto, a aposta melhorou em todas as 5 semanas anteriores.

Já para 2023, as estimativas também foram mantidas, e o governo aguarda um aumento de 2,5% das riquezas nacionais. A estimativa é a mesma também para os 3 anos seguintes. Entretanto, elas ainda podem ser revisadas nas próximas edições do documento.

Por fim, o ministro também disse que o desempenho fiscal do Brasil é forte, e melhor do que o registrado pelos outros países. "O Brasil está com desempenho fiscal muito forte e melhor do que todos os países lá de fora. A Federação brasileira se recupera, todos juntos", explicou Guedes.