Com toda a tecnologia, dinheiro envolvido e o universo de possibilidades que os investimentos em criptomoedas proporcionam, não demoraria para que eles chamassem a atenção dos criminosos e infelizmente esse momento já chegou.

Um dos motivos para que isso aconteça é que as moedas virtuais estão cada vez mais valiosas. O Bitcoin, por exemplo, chegou a atingir a cotação recorde de mais de US$ 63 mil em abril deste ano o que lhe dava uma valorização de mais de 700% apenas em 2021 até aquele momento.

Com esse crescimento, não só os investidores começaram a enxergar as moedas digitais com outros olhos. Os criminosos também começaram a ficar mais atentos, desenvolvendo e aplicando golpes em investidores deste tipo de ativo.

A empresa de inteligência em criptografia CipherTrace estima que apenas em 2020 as fraudes com criptomoedas alcançaram US$ 1,9 bilhão. Mas nós não queremos que isso aconteça com você também, por isso reunimos neste artigo alguns dos principais golpes com as cripto e dicas para não cair em nenhum deles.

O que são criptomoedas?

O primeiro passo que um investidor interessado em criptomoedas deve dar, é saber o que é uma criptomoeda e como ela funciona, pois assim, evita-se muitos golpes.

Então, resumidamente, criptomoedas são um meio de troca, podendo ser centralizado ou descentralizado que se utiliza da tecnologia de blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.

O Bitcoin, a primeira criptomoeda descentralizada, foi criado em 2009 por um usuário que usou o pseudônimo Satoshi Nakamoto. Desde então, muitas outras criptomoedas foram criadas.

Ao contrário de sistemas bancários centralizados, grande parte das criptomoedas usam um sistema de controle descentralizado com base na tecnologia de blockchain, que é um tipo de livro-registro distribuído operado em uma rede ponto-a-ponto (peer-to-peer) de milhares computadores, onde todos possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações, impedindo que uma entidade central promova alterações no registro ou no software unilateralmente sem ser excluída da rede.

Complexo não? Uma forma de entender um pouco melhor as criptomoedas é assistindo a vídeos elaborados pelas próprias corretoras de cripto. Recentemente a QR Capital disponibilizou um desses vídeos em seu canal no YouTube com a narração de ninguém mais, ninguém menos do que Cid Moreira. Confira clicando aqui.

Sinal de alerta ligado

As criptmoedas, portanto, são ativos de renda variável e por isso, elas podem, de fato, apresentar grandes ganhos em pouco tempo. Isso acaba abrindo espaço para algumas promessas que não passam de fraudes.

Sim, o Bitcoin teve um aumento de cerca de 700% no início de 2021. Mas não significa que sempre vai ser assim. Aliás, o próprio BTC, que é uma cripto confiável, passou por um momento de queda após atingir esse pico em seu valor e desde então não voltou mais ao mesmo patamar.

Por isso, é sempre importante estar atento a promessas de riquezas milagrosas, dinheiro muito fácil, capital em dobro em pouquíssimo tempo, etc. Isso não existe, em nenhum tipo de investimento.

É preciso ter em mente que quanto maior forem as chances de ganhar muito dinheiro, maiores são os riscos. E isso quando se trata de investimentos reais. Porque no caso dos golpes as promessas em geral estão ligadas a ganhos fáceis e garantidos (o que não existe, como já dissemos) e muitas vezes o dinheiro nem é aplicado numa criptomoeda de verdade.

Então, estar com o alerta ligado nunca é demais. E uma das coisas que ajuda muito na hora de identificar uma fraude, é ter uma noção de como elas são. Então vamos conhecer alguns dos principais golpes em torno das criptomoedas?

Os principais golpes

Para evitar cair em ciladas envolvendo criptomoedas, vamos ver os principais golpes aplicados pelos criminosos:

  • Ganhos rápidos: Essa é uma armadilha em que os golpistas criam estratégias que chamam a atenção das vítimas para roubar seu dinheiro, pois eles oferecem bons rendimentos, com ganhos rápidos.
  • Ofertas pelas redes sociais: Nessa modalidade, eles mandam mensagens privadas pelas redes sociais com ofertas de criptomoedas com rentabilidades muito atraentes. Essas mensagens também podem ser enviadas com sites e por e-mails. Esses criminosos criam páginas e perfis falsos, enganando as pessoas e roubando seus dinheiros.
  • Pirâmides financeiras: Esse golpe costuma ser o mais comum quando o assunto são criptomoedas. Sua intenção é atrair as vítimas, prometendo os mesmos ganhos rápidos. Eles recrutam pessoas, que precisam convidar mais pessoas para lucrar e assim sucessivamente. Porém, esses projetos não existem. Para iniciar na empresa, eles solicitam um valor, e assim nasce a pirâmide. E aquele que está no topo dela acaba lucrando. Dentro dessas pirâmides existem aquelas que estão envolvidas na mineração das criptomoedas. Os usuários pagam para ter uma suposta rapidez, mas só recebem o investimento de volta quando novos usuários entram para o mesmo plano. Só que, na verdade, nenhuma criptomoeda de fato é minerada.
  • Criptoativos inovadores: os golpistas oferecem ofertas de supostas novas moedas digitais antes que lancem elas no mercado. As pessoas que apostam na valorização das criptomoedas acabam comprando ativos, porém elas não existem, e os criminosos desaparecem com o dinheiro.
  • Corretoras falsas: as plataformas eletrônicas são conhecidas como exchanges, ou corretoras de criptoativos. Elas são semelhantes às de corretoras de ações das bolsas. Ela facilita a compra, venda e troca de moedas digitais, conectando os compradores e vendedores. Os criminosos estão criando exchanges falsas. Eles montam sites e plataformas, e o dinheiro acaba caindo em suas contas.
  • Robôs de investimentos: é um programa de computador que fica recebendo as cotações de alguma plataforma. Os criminosos pré-determinam alguma regra que gera ordens de compra e venda. Com isso, eles criam programas falsos e o dinheiro das vítimas ficam com eles.
  • Aplicativos falsos: Os criminosos criam apps falsos de carteiras de criptomoedas e roubam as moedas digitais que ficam armazenadas nas carteiras das vítimas. Na maioria das vezes, o usuário precisa depositar suas moedas digitais para receber a conversão do valor equivalente. E nesse momento que o aplicativo falso se converte para outra moeda. No momento que a vítima vai converter, suas moedas desaparecem.

Como evitar golpes com criptomoedas

Como vimos, são muitos os tipos de golpes que existem, então é preciso ter muita atenção, tratando-se de investimentos em criptomoedas para não ser vítima de criminosos. Confira as principais dicas:

  • Desconfie de promessas de ganhos exorbitantes;
  • Cuide seus dados pessoais;
  • Estude criptomoedas que você desconheça;
  • Utilize antivírus;
  • Cuide de seus downloads;
  • Conheça o mercado;
  • Invista com segurança.

Como investir de forma segura em criptomoedas?

O primeiro passo é ESTUDE. Sempre. Nunca aplique dinheiro em nenhum tipo de investimento sem antes ler bastante sobre ele, ver recomendações a respeito, ouvir ou ler o que especialistas têm a dizer a favor e contra um determinado ativo. E isso vale muito para as criptomoedas também.

Depois existem algumas formas de fazer o investimento sem cair em uma cilada. Você pode fazê-lo por meio de uma corretora especializada em criptomoedas, chamadas exchange. No Brasil, há várias operando há anos, como a Ripio, Biscoint, Mercado Bitcoin e a Foxbit, por exemplo.

Outra forma é procurando por Fundos de Criptomoedas. Um bom exemplo é o Hashdex Bitcoin, um fundo que investe totalmente seus recursos em bitcoin e que rendeu 123% em 2020. Alguns bancos como o Inter e o BTG também possuem fundos de criptoativos.

Existem ainda os ETFs de criptomoedas que são, aliás, muito indicados para quem está começando a se aventurar no mundo das cripto. Para investir neles, basta ter uma conta em uma corretora de investimentos, a mesma que utilizamos para investir na B3.

No Brasil há três opções atualmente. O HASH11 que é um ETF com exposição a oito criptomoedas. O QBTC11 que é um ETF 100% Bitcoin e ainda o BITH11, outro ETF 100% em Bitcoin que está sendo lançado pela Hashdex e que nesse momento (até o dia 30 de julho) estará em período de subscrição de cotas. Esse último ETF tem como diferencial uma proposta de ser sustentável por neutralizar as emissões de carbono decorrentes do investimento em Bitcoin.

Então agora você já tem uma boa noção de quais são os principais golpes e de quais são as principais formas de investir com segurança. Fique atento!

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