A Lojas Renner (LREN3) anunciou que seu conselho de administração aprovou em 19 de agosto um aumento de R$ 1,650 milhão no capital social na companhia, tendo como base um plano de opções de compra por participantes de três outorgas aprovado em 23 de setembro de 2015, em Assembleia Geral Extraordinária feita entre acionistas.

Segundo o documento divulgado pela Lojas Renner agora em 19 de agosto, foram emitidas ao todo 76,147 mil ações ordinárias da companhia, sendo que o preço por ação foi de R$ 14, R$ 19,74 e R$ 32,92 na 1ª, 2ª e 3ª outorga, respectivamente.

Com a operação, o capital social da Lojas Renner aumentou de R$ 7,741 bi para R$ 7,743 bilhões, que está agora dividido entre mais de 898,584 milhões de ações. Nos últimos 90 dias, o papel da companhia (LREN3) registrou uma cotação média de R$ 44,69. Veja abaixo as oscilações nos últimos seis meses:

Fonte: Lojas Renner.
Fonte: Lojas Renner.

Lojas Renner reabre vendas online após ataque cibernético

A Lojas Renner foi vítima de um ataque cibernético criminoso no dia 19 de agosto, semana passada, segundo um comunicado oficial divulgado pela empresa em sua central de relações com investidores.

Os criminosos conseguiram romper barreiras de segurança e invadiram as plataformas da empresa, que atualmente possui uma vasta estratégia de vendas online. O resultado foi que o ataque causou indisponibilidade em parte dos sistemas e da operação, fazendo com que o site e o aplicativo da Lojas Renner chegassem a sair do ar em 19 de agosto, bem como o site da Camicado, empresa do Grupo Renner.

Após ataque ransomware, o site e aplicativo da Lojas Renner ficaram fora do ar. - Crédito: Reprodução.
Após ataque, o site e aplicativo da Lojas Renner ficaram fora do ar. Crédito: Reprodução

Em 20 de agosto o e-commerce da Renner ainda estava fora do ar, sendo que a empresa emitiu uma nova nota no dia informando que haviam equipes trabalhando para a recuperação dos dados e executando medidas de proteção, visando a restabelecer as operações. Pelo documento, a empresa dizia que todos os bancos de dados ficaram preservados. Por sua vez, as lojas físicas seguiram funcionando normalmente nos últimos dias.

Aparentemente, agora em 23 de agosto as equipes de segurança da informação da Lojas Renner conseguiram driblar o vírus, visto que o site e aplicativo de vendas da empresa já voltaram ao normal. A Camicado também funciona normalmente.

Ainda não foram anunciados os criminosos, bem como não foram divulgadas informações oficiais detalhadas sobre o ataque cibernético, como, por exemplo, quanto os criminosos cobraram para devolver o acesso aos sistemas, e se realmente o fizeram. Há boatos circulando nas redes sociais de que o resgate solicitado teria sido de US$ 1 bilhão, cerca de R$ 5,3 bilhões, mas a informação não foi confirmada.

Se for o caso, a Lojas Renner seria então mais uma empresa vítima de um crime online chamado ransomware, que é uma espécie de sequestro feito na internet em que o vírus bloqueia sistemas alheios e criminosos cobram para devolver o acesso de dados às vítimas. Casos semelhantes aconteceram com a empresa JBS e o Tesouro Nacional nas últimas semanas.