O principal banco da Rússica, o Sberbank anunciou nesta quarta-feira, 2 de março, que vai deixar o mercado europeu. Em suma, a decisão é um efeito direto das sanções que as nações europeias, G7 e Estados Unidos aplicaram às instituições financeiras russas. O objetivo é fazer a Rússia parar de invadir a Ucrânia.

De acordo com o comunicado do banco, divulgado pela agência de notícias russas Tass, "na situação atual, o Sberbank decidiu se retirar do mercado europeu". Em suma, a empresa afirma que as filiais europeias do banco enfrentam "saídas irregulares de fundos e ameaças à segurança de seus funcionários e agências", acrescenta o comunicado.

Ademais, o grupo afirma que o Sberbank não está em condições de aportar liquidez para as suas filiais europeias. Isso ocorre, por conta de um dispositivo do Banco Central da Rússia.

Operações do Sberbank

Atualmente, o banco russo Sberbank atua nos países da Alemanha, Áustria, Croácia, República Tcheca, Hungria, Eslovênia, Sérvia e Bósnia Herzegovina. Nesta quarta, a Áustria tinha proibido a operação da filial europeia do banco. Além disso, a República Tcheca cancelou a licença de operação em seu país. Logo, o banco russo se viu motivado a sair do mercado europeu.

Por outro lado, o banco deve continuar mantendo a sua filial da Suíça, pois, segundo o grupo financeiro, não faz parte da divisão europeia e, por isso, continua operando normalmente. "As filiais (europeias) do Sberbank dispõem de um nível elevado de capital e ativos, os fundos dos clientes estão garantidos, de acordo com as legislações locais", explica o banco.

Ademais, as sanções da União Europeia procuram impedir que os bancos russos acessem os mercados internacionais de capital. Existem os bloqueios de várias instituições ao sistema internacional de pagamentos, o Swift. Além disso, houve o congelamento de ativos do Banco Central da Rússia.

Dessa forma, essas sanções veem causando fortes impactos na economia da Rússia. E isso, provoca como consequência, o derretimento do rublo, além do aumento da taxa básica de juros para 20%.

Na última segunda-feira (28), o Banco Central da Europa tinha enviado um alerta para o risco de quebra da divisão europeia do Sberbank, depois de "saídas de depósitos significativas". Por fim, apesar da saída do banco do mercado europeu, a instituição afirma que os fundos de clientes estão garantidos conforme as legislações de cada país.