A partir da globalização, a estrutura financeira do mundo está cada vez mais conectada. Diante disso, os sistemas de transações financeiras entre as partes também tiveram que passar por uma transformação e evoluir. Exemplo disso, é o caso do sistema SWIFT.

Em suma, o objetivo da SWIFT é deixar mais simples, as operações financeiras do mundo. Ademais, o sistema é muito importante até mesmo para aqueles investidores que querem começar a fazer investimentos nos ativos do exterior.

Sendo assim, confira a seguir, o que é e como funciona esse sistema financeiro internacional.

O que é o SWIFT?

Society for Worldwide Interbank Financial Telecommunication, ou Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais, também chamado de SWIFT, se trata de um sistema que visa possibilitar a troca de informações bancárias e transferências financeiras entre as instituições financeiras.

Com isso, a Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias se trata de uma cooperativa entre as instituições financeiras. A partir disso, elas buscam achar soluções em comum.

Sendo assim, o SWIFT nada mais é do que um tipo de serviço muito utilizado para as transferências entre as instituições de dois ou mais países. Além disso, ele auxilia quem opera investimentos no exterior.

Quando o sistema surgiu?

O SWIFT surgiu na cidade de Bruxelas, no dia 03 de maio de 1973. Carl Reuterskiold foi o líder e CEO do projeto. Antes da sua criação, o First National City Bank (atual Citibank), era o responsável por realizar as operações desse tipo.

A partir da sua criação, o SWIFT começou a determinar as regras, e as boas práticas para as transações financeiras. Além disso, houve a criação de um sistema de processamento de dados e comunicação, que se tornou uma referência.

No ano de 1975, o sistema trouxe importantes atualizações de regulamentação. A partir disso, o sistema ficou ainda mais seguro. Desde então, mais de 200 países fazem parte dessa cooperativa.

Quem controla o SWIFT?

Em suma, a criação do sistema ocorreu por bancos de origem americana e europeia. O objetivo era ter um sistema, que fosse controlado por várias instituições, e que não fosse monopolista.

Na atualidade, a rede tem mais de 11 mil instituições financeiras de todo o tipo, dentro do seu sistema. A operação SWIFT é de responsabilidade do Banco Nacional da Bélgica. O mesmo tem parcerias com os bancos centrais de vários lugares do mundo.

A partir disso, o sistema opera de forma a possibilitar o comércio internacional seguro e estável. Além disso, facilita o processo do investidor que quer saber como investir no exterior, pode mandar muito mais facilmente o seu dinheiro para outro país.

Como funciona o sistema SWIFT?

O sistema SWIFT permite que a troca de informações financeiras seja realizada. Sendo assim, a instituição não trabalha na transferência de dinheiro, como é a função dos bancos e corretoras de valores. A sua real função é transferir dados.

Além disso, o código SWIFT é universal, e de acordo com as normas do ISO 9362. A partir do código, mandar remessas ao exterior está ainda mais simples e com menos risco. Isso ocorreu pois a padronização torna a identificação das transferências mais fáceis em qualquer instituição do mundo.

Quais são as características do código Swift?

O código SWIFT também é chamado de código BIC. Em suma, a combinação tem a função de identificar os bancos de qualquer país. Em geral, o código pode ter 8 ou 10 caracteres.

No código BIC é possível identificar diversas informações, tais como:

  • Banco: 4 primeiros caracteres do código;
  • País de origem: os 2 seguintes caracteres identificam o país;
  • Localização e agência: os demais caracteres identificam a cidade de agência.

Ademais, alguns códigos identificam o ramo de atuação da financeira. Com isso, o código SWIFT facilita as transações do sistema bancário do Brasil com o restante do mundo.

As operações que usam a SWIFT são taxadas?

Sim. Elas têm um custo, denominado como taxa swift. Atualmente, o valor cobrado pelo sistema é de US$ 20 por operação. Entretanto, o custo pode mudar conforme a instituição financeira.

Ademais, existem algumas operações em que é possível contar com a isenção da taxa SWIFT. As remessas online ou a operação com valores acima de US$ 1500, por exemplo, são isentas.

Vale ressaltar ainda, que pode haver a incidência de outras taxas. Isso vai depender das regras e políticas fiscais de cada país. Sendo assim, é fundamental saber o quanto você gasta em cada operação, já que taxações elevadas podem reduzir o capital ao longo do tempo.

Qual a relevância da SWIFT no sistema financeiro mundial?

A partir da implantação do sistema, as instituições financeiras do mundo todo começaram a adotar o mesmo. Em uma pesquisa realizada pela SWIFT em 2014, o sistema já tinha feito a transferência de 56 bilhões de dados.

Além disso, mais de 11.000 instituições financeiras, em mais de 200 países, usam o sistema. Para se ter ideia do quanto o sistema cresceu, em 1973, cerca de 293 bancos usavam o sistema.

Caso não existisse a padronização, cada uma das contas desses bancos teria uma identificação de forma diferente. Dessa forma, a chance de erro durante uma transação seria ainda maior.

Outro ponto a ressaltar é que aos bancos membros da Sociedade Mundial de Telecomunicações Financeiras Interbancárias, contam com a velocidade de processamento a seu favor. Estando as contas padronizadas, a identificação fica muito mais rápida.

Por fim, é importante mencionar que a padronização diminui os custos de operação, bem como controla os riscos envolvidos na operação. Ainda mais em remessas internacionais.