Para quem deseja realizar a compra de um carro ou de uma casa, os juros e a entrada são os maiores vilões na história. Entretanto, existe uma modalidade na qual, onde não há a cobrança de juros nem entrada: o consórcio. Em geral, o consórcio se trata de um sistema de compra parcelada e coletiva, que existe há mais de 60 anos.

Ele é composto por um grupo de pessoas que possuem o objetivo comum de comprar bens ou serviços. Uma administradora reúne essas pessoas, e realiza um fundo comum, por meio do qual os aportes mensais de todos possibilita que a cada mês, se tenha o volume adequado para alguém comprar o bem.

Diante disso, é realizado um sorteio periódico para contemplar uma pessoa com o crédito reunido. Ao final do período determinado para o consórcio, todos ganham o valor investido atualizado e corrigido.

Para além das finalidades mais conhecidas como a compra de um imóvel ou automóvel, também é possível usar o consórcio para outros objetivos. Tais como: organizar uma festa, fazer uma reforma ou viagem, e fazer procedimentos estéticos.

O que é taxa de administração de consórcio?

A chance de fazer pagamentos de longo prazo sem a incidência de juros, ao contrário de um financiamento ou empréstimo, é um das razões que fazem o consórcio ser uma modalidade tão conhecida. É dito isso pois, não existe, neste sistema, uma instituição que libere crédito para ganhar uma remuneração em contrapartida.

Por definição, o consórcio é uma ferramenta de autofinanciamento, pelo qual as pessoas financiam pessoas através da organização em grupo. E como é necessário manter a segurança, a organização, e a saúde financeira desse conjunto, existem as administradoras de consórcio, que cobram uma taxa pela prestação desse serviço: a taxa de administração.

O valor é cobrado pois as administradoras são responsáveis por diversas atividades. Dentre elas, é possível citar o gerenciamento dos grupos, e a checagem das documentações. Além disso, as administradoras fazem as assembleias para os sorteios, a prestação de contas financeiras, administram os recursos arrecadados, atualizam os valores das cotas, e liberam o crédito aos contemplados.

Como funciona?

Em geral, a taxa de administração é a remuneração da administradora do fundo pelo serviço prestado da contratação à contemplação da carta de crédito. A depender da empresa ou do plano selecionado, a taxa pode ser bem maior. Sendo assim, é importante fazer uma boa pesquisa, e negociar a mesma abertamente.

Ademais, outras taxas cobradas são para pagar o seguro, e o fundo de reserva do consórcio. Esses gastos são importantes para garantir a segurança do negócio caso algum imprevisto ocorra. Tais como a inadimplência, ou atraso de outros participantes.

Como ela é cobrada?

Mesmo com essas taxas, os custos do consórcio podem ser menores do que do financiamento. A taxa de administração é estipulada em um contrato, e varia de 10% a 25% do valor da carta de crédito (Valor do bem), sendo diluída ao longo das parcelas. Apesar de ser fixa, ela oscila entre as administradoras e os grupos.

Qual a diferença entre a taxa de administração de consórcio e a taxa de juros?

Enquanto as operadoras de consórcio cobram taxas fixas de administração, os financiamentos e os empréstimos são atrelados à tabela de juros disponibilizada pelo Banco Central. Os juros do crédito alteram conforme as oscilações da Selic, que é a "taxa mãe" do mercado financeiro.

Assim, quanto mais alta a Selic, mais caro fica o financiamento, ou qualquer outro tipo de CDC (crédito direto ao consumidor). Além disso, em juros bancários, é pago um valor acrescido por aquilo que foi contratado de forma cumulativa.

Ou seja, se falamos de um empréstimo, o cliente vai dever para o banco, não apenas o valor que pegou emprestado, mas também o valor dos juros.

Por outro lado, no consórcio, a taxa administrativa é muito mais leve e simples de ser paga, tendo um valor fixo e predeterminado em contrato.

Como a taxa de administração de consórcio é calculada?

Em geral, o percentual cobrado na taxa de administração de um consórcio envolve uma conta bem simples, que tem como base, um percentual fixo sobre a carta de crédito.

Por conta disso, para decidir qual é a melhor alternativa do ponto de vista de custo, a dica é comparar os juros mensais do empréstimo/financiamento com a taxa de administração do consórcio, dividida pelos meses a partir da contemplação da cota.

Pense no seguinte exemplo:

A taxa de administração é de 15%, e o consórcio tem 50 parcelas. Ao dividir 15 por 50, há a incidência de 0,3% ao mês, sobre cada parcela. Sendo assim, se o valor do consórcio for de R$ 30 mil, o acréscimo mensal na parcela vai ser de R$ 90.