Depois de cobrar por Pix realizados por empresas, agora os bancos tradicionais começaram a anunciar que vão acrescentar outras tarifas aos serviços de Pix para pessoas jurídicas. Essas aumentos estão relacionados a aperfeiçoamentos lançados pelo Banco Central como o Pix Saque e o Pix Troco.

A cobrança do Pix é permitida para as pessoas jurídicas, mas a prática não teve inicio no mesmo momento em que a ferramenta foi lançada. Foi só com a popularização do Pix, que as taxas surgiram. Hoje elas estão na faixa dos R$ 150, entretanto, elas já começam a ficar mais caras.

Saiba mais abaixo.

Santander e BB já anunciaram elevação

Entre os bancos que já anunciaram uma elevação, está o Santander. O banco comunicou que a partir de 1º de janeiro, já começou a cobrar pela retirada de dinheiro por empresas via Pix Saque ou Pix Troco, pelo valor de R$ 2,50 por operação.

O Banco do Brasil é outro. Recentemente ele também anunciou que seguirá o mesmo caminho. Nesse caso, a partir de 9 de fevereiro, quando ele começará a cobrar R$ 2,90 a cada saque.

Dentre os grandes bancos tradicionais, apenas a Caixa Econômica Federal ainda não cobra taxas para as pessoas jurídicas.

Maioria das fintechs segue sem cobrança

Por outro lado, a maioria das fintechs ainda não cobra taxa das empresas para esse tipo de transação. Exemplo disso são o Nubank, o Banco Inter e o C6 Bank.

Entretanto, a cobrança que o Mercado Pago faz, mostra que zerar as taxas não é uma prática geral das fintechs e/ou bancos digitais.

Porém, nenhuma instituição tem cobrado taxas dos Microempreendedores Individuais (MEI).

Pix ainda é mais vantajoso

Para o gerente executivo da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Daniel Sakamoto, a questão das taxas bancárias no Pix é preocupante. Inclusive, a CNDL recomenda que os empresários pesquisem e comparem as tarifas existentes.

De uma forma geral, apesar das taxas, a realização de pagamento ou de transferências via Pix segue sendo mais vantajosa do que outras modalidades de serviços bancários. Ainda assim, sempre é válido dar uma conferida.

Repasse ao consumidor

Sakamoto, inclusive, alerta que possivelmente o custo final será repassado ao consumidor. E isso, pode ser um diferencial para os lojistas:

"A adoção do Pix reduziu os custos, mas as taxas podem retirar parte dessa vantagem. O micro e o pequeno empresário tem que fazer conta pequena mesmo, tudo pesa. Por isso é importante pesquisar. E não é porque o Pix está cobrando taxa que ele deixa de ser competitivo".