A Tim (TIMS3) anunciou que seu lucro líquido atingiu R$ 419 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), assim sendo um crescimento de 51,2% em relação ao mesmo período de 2021, quando foi de R$ 277 milhões.

Segundo o relatório divulgado, a Tim teve uma receita líquida de R$ 4,727 bilhões no 1T22, representando aumento de 8,9% na comparação anual, com alta em todas as linhas de negócios. O destaque foi o total de R$ 4,584 bilhões gerado pela receita de serviço que cresceu 8,4% nesse período.

No 1T22, a base móvel de clientes da Tim totalizou 52,305 milhões de acessos, sendo um aumento de 1,1% na comparação anual. Do total, 29,089 milhões eram clientes de plano pré-pago, que é o segmento mais impactado pela deterioração da economia, principalmente nos últimos 2 anos, segundo o relatório.

A Tim é uma das maiores empresas de telecomunicações do país, que agora passa a ser dona de uma fatia da Oi. Confira abaixo os destaques dos resultados da empresa no 1T22.

Outros resultados da Tim (TIMS3) no 1T22

A operação de serviços móveis da Tim gerou R$ 4,286 bilhões da receita líquida do período, sendo uma alta de 8,6% em relação ao mesmo período de 2021. Além do crescimento nos serviços, a Tim também registrou alta na receita de produtos, de 27,3% para R$ 143 milhões por causa de uma oferta exclusiva destinada aos clientes da empresa para aquisição do Iphone 12.

De outro lado, a participação de mercado (market share) da Tim foi de 20,3% no 1T22, sendo uma queda de 1,3 ponto percentual em relação ao período de janeiro a março de 2021.

A base de clientes do 4G da Tim fechou o trimestre com 46,9 milhões de acessos, mantendo um crescimento de 6,6% na comparação anual. Além disso, a base 5G DSS encerrou o 1T22 com 366 mil acessos, um aumento de 15,5% em relação ao quarto trimestre de 2021.

A receita de serviços móveis alavancou o ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Tim que atingiu R$ 2,123 bilhões, em aumento anual de 5,1%.

O relatório mostra que os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 2,624 bilhões no 1T22, em aumento de 13,1% na comparação com o mesmo trimestre de 2021. Os principais fatores foram aumento de gastos de pessoal relacionados à aquisição dos ativos móveis da Oi e despesas com serviços administrativos e jurídicos especializados para aquisição e reestruturação dos ativos da Oi e da I-Systems3.

Entre janeiro a março de 2022, o fluxo de caixa da Tim ficou negativo em R$ 444 milhões, ante saldo positivo de R$ 1,877 bilhão no mesmo trimestre de 2021. "Esta variação deve-se, principalmente, pela dinâmica do Capital de Giro, que foi impactada função do desembolso de aproximadamente R$ 1,1 bilhão, ocorrido em fevereiro, para cumprir com o pagamento da primeira parcela da EAF, como parte das obrigações da faixa de 3.5 GHz adquirida no leilão do 5G, e o pagamento do Condecine e CFRP, de R$ 298 milhões, no mês de março", explica a empresa.

Pelos mesmos motivos acima, no final do 1T22 as posições de Caixa e Títulos de Valores Mobiliários totalizaram R$ 8,076 bilhões, queda de R$ 1,73 bilhão. Ao final do primeiro trimestre de 2022, o saldo total de investimentos (Capex) realizados pela empresa somou R$ 1,328 bilhão, mantendo-se praticamente estável quando comparado ao mesmo período do ano anterior, como pode ser visto na tabela abaixo:

Créditos: Reprodução/RI TIM.
Créditos: Reprodução/RI TIM.

A Tim fechou o 1T22 com uma dívida líquida de R$ 5,888 bilhões, ante R$ 5,183 bilhões no mesmo trimestre de 2021. No mesmo intervalo, a alavancagem financeira da empresa, dada pela relação dívida líquida/ebitda, subiu de 0,6x para 0,7 vez.