Durante o primeiro trimestre de 2022, o uso do cartão de crédito aumentou 42,4% em relação ao mesmo período de 2021. A movimentação gerada por esse meio de pagamento ultrapassou R$ 478,5 bilhões. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Por outro lado, enquanto cresce o uso do cartão de crédito, há um dado que vem preocupando. Em suma, o levantamento da Confederação Nacional do Comércio (CNC) mostra que o Brasil terminou o mês de abril com 77,77% de endividados, número superior ao registrado em 2021 (67,5%).

Diante disso, a educadora financeira e líder de conteúdo na Mobills, startup de soluções para finanças, Larissa Brioso, falou sobre como evitar as dívidas usando esse meio de pagamento. Confira a seguir.

Como não se endividar com o cartão de crédito? Veja dicas

1. Cartão não é extensão de renda

O cartão de crédito não é uma extensão de renda. Essa regra é fundamental para não comprometer boa parte, ou todo o seu salário do mês. brioso explica que "Há pessoas, por exemplo, que recebem uma renda líquida, sem imposto, de R$ 3.000. Têm um cartão de crédito de R$ 2.000. Mas gastam no mês como se tivessem, na verdade, R$ 5.000".

2. Não comprometa mais de 30% da sua renda

Essa dica é uma extensão da dica acima: não comprometa mais de 30% do seu salário com cartão de crédito. "Estima-se que uma pessoa comprometa cerca de 50% da renda com gastos essenciais. Se ela gasta 30% da renda por mês pagando fatura do cartão, o orçamento do mês fica muito limitado. Pode sempre haver imprevistos", diz Brioso.

3. Gastei mais do que devia, e agora?

Ao gastar mais do que devia, é muito comum ver pessoas pagando somente o faturamento mínimo da fatura. Quando isso ocorre, a pessoa entra em uma bola de neve, já que o juro rotativo do cartão, está acima de 300% no Brasil.

"Se a pessoa que não consegue pagar a fatura entrar no crédito rotativo, ela vai ter de arcar com gastos ainda mais elevados da fatura. Se você não conseguiu pagar a primeira parcela, o que garante que vai conseguir cumprir com o pagamento da dívida no mês seguinte, que está ainda acrescida de juros?", explica Brioso.

4. Acompanhe os seus gastos

Não acompanhar os gastos do seu cartão de crédito é o maior erro que você pode cometer. De acordo com Brioso, "só gastar, sem se preocupar em fazer o controle financeiro, significa que a pessoa está gastando mais do que deveria e comprometendo a renda. Então, quando chega o próximo mês, ela se depara com uma fatura altíssima".