A Ferbasa (tickers FESA3 e FESA4), empresa que atua no setor de recursos florestais, mineração, metalurgia e energia renovável, divulgou os resultados obtidos no segundo trimestre do ano (2T20) no dia 13 de agosto. A receita líquida foi de R$ 426,6 milhões com aumento de 30,6% frente ao 2T19. Já durante o primeiro semestre de 2020, o montante líquido ficou em R$ 772,8 milhões, 14,4% acima dos primeiros seis meses de 2019.
De lado oposto, a Ferbasa teve lucro líquido de R$ 21,6 milhões durante o segundo trimestre de 2020, o que representa queda de -31,9% frente ao 2T19. Durante o primeiro semestre de 2020, o montante líquido ficou em 21 milhões de reais, que é uma desvalorização de -73% em relação ao primeiro semestre do ano passado.
O cenário desafiador causado pela pandemia da Covid-19 influenciou no desempenho da Ferbasa, ao trazer fortes alterações na variação cambial, vista na desvalorização do real frente ao dólar, além de reduzir o preço dos principais produtos. De acordo com a companhia, no primeiro semestre, houve prejuízo de R$ 18 milhões na BW Guirapá (empresa de energia eólica), redução no custo de produção das importantes ligas de cromo e maior relação com o mercado internacional, por meio das exportações, do que com o mercado interno.
"Foram produzidas 150 mil toneladas de ferroligas no 1S20, um acréscimo de 14,2% em relação ao 1S19, com destaque para as Ligas de Cromo, que avançaram 26,4%, enquanto as Ligas de Silício recuaram 5,4% no mesmo período", enfatizou a Ferbasa em seu relatório.
Em relação ao segundo trimestre de 2019, as vendas do 2T20 aumentaram em 17,4% sendo expressas por 65.405 mil toneladas de ferroligas comercializadas em maioria com o exterior.
No 2T20, o Custo de Produtos Vendidos (CPV) bateu em R$ 293,4 milhões em alta de 16,6% frente ao 2T19 e valorização de 5,2% sobre primeiro trimestre de 2020. No semestre, o CPV ficou em R$ 572,4 milhões, saltando 13,3% do 1S19 "diretamente impactado pela variação positiva de 13,5% no volume de vendas", conforme explica a companhia.
No primeiro semestre de 2020, as despesas com vendas custaram R$ 9,8 milhões, o que impactou o resultado, alta de 88,5% frente ao 1S19. Entretanto, as despesas gerais e administrativas apresentaram melhoria de 18,5% na comparação semestral, ficando em R$ 49,4 milhões.
Por sua vez, o indicador Ebitda ajustado teve margem de 31% e ficou em R$ 132,3 milhões no 2T20, uma alta anual de 81,2%. No primeiro semestre de 2020, o indicador registrou R$ 200,9 milhões com margem de 26%.
Confira as variações trimestrais e semestrais dos principais indicadores:
A companhia terminou o 1S20 com R$ 354,7 milhões como saldo em caixa e com dívida líquida de R$ 258,4 milhões, esta que representa uma leve melhoria de 2,2% em relação ao último semestre do ano passado.
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