Uma possível saída do Ministro da Economia Paulo Guedes vem agitando o mercado nesta segunda-feira, 17. O índice Bovespa vem caindo forte, já abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez no mês de agosto (99.120 pts) por volta das 15h. A queda do índice já chega a 2,2%. Já o dólar tem alta de 1,2%, cotado a R$ 5,50.

Mesmo com a recente divulgação de dados do Instituto Datafolha dando conta de um bom índice de aprovação do governo de Jair Bolsonaro, o mercado teme a saída do Ministro da Economia, que promove uma política de controle de gastos e enxugamento da máquina pública. Nos bastidores, a situação não é nada boa. Após a saída de pessoas importantes da pasta como Salim Mattar, Paulo Uebel e o diretor de programa de desburocratização, José Ziebarth, agora foi o subsecretário de Política Macroeconômica, Vladimir Kuhl Teles, que deixou o Ministério. Até agora, só a saída deste último teve publicação no Diário Oficial da União.

Assim, Guedes vem perdendo força dentro do governo e pode ser o próximo a deixar a pasta, o que seria terrível para as pretensões do mercado brasileiro, que vê uma política correta de controle de gastos no atual Ministro.

O presidente Jair Bolsonaro já se mostra mais adepto a ultrapassar o limite do teto de gastos imposto e teria reclamado internamente que o ministro precisaria ser menos "inflexível e intransigente" em relação aos recursos orçamentários.

A discussão gira em torno do respeito ao teto que limita o aumento das despesas à inflação do ano anterior. Uma alta do governo quer incluir obras públicas no chamado "Orçamento de Guerra". Esse orçamento foi criado com recursos extraordinários para garantir ações de combate à Covid-19.