A CCR (CCRO3), gigante de concessão de infraestrutura, divulgou balanço com os resultados referentes ao segundo trimestre de 2020 (2T20) no último dia 13. A empresa teve prejuízo líquido de R$ 164,7 milhões contra o montante positivo de R$ 347,4 milhões captado no 2T19. No primeiro semestre de 2020, foi registrado lucro líquido de R$ 147 milhões em redução anual de 79%.

Por sua vez, a receita líquida estacionou em R$ 1.767,3 bilhão no 2T20, uma queda de -20,9% em relação ao segundo trimestre do ano passado (2T19).

O Ebitda ajustado do 2T20 totalizou R$ 853,6 milhões, o que é 38,1% menor do que o resultado atingido há um ano. A margem do indicador ficou em 48,3% com reajuste de -13,5 pontos percentuais.

- Veja o resultado de CCRO3 do 2T20 na íntegra

A companhia explica por meio do balanço publicado que os resultados foram fortemente influenciados pela pandemia da Covid-19 que trouxe a quarentena e diminuiu a demanda, pois no período houve retração de 18,2% do tráfego consolidado. Com exceção da concessionária ViaSul, os meses de abril, maio e junho viram o tráfego de pessoas cair 30%, 24% e 14%, respectivamente.

A receita bruta de pedágio ficou em R$ 1.397.433 bilhão no segundo trimestre de 2020, apresentando baixa de -16,5% em comparação com esse período do ano passado. Já a receita bruta de construção viu queda de -16,8% no 2T20 e ficou em R$ 224,987 milhões.

Quanto às captações de tráfego, "as isenções de cobrança de tarifa referente aos eixos suspensos dos caminhões representaram uma perda de receita de pedágio, incluindo as receitas proporcionais de Renovias e ViaRio, de aproximadamente R$ 94,1 milhões no 2T20 e R$ 682,3 milhões desde o início das isenções, em maio de 2018", explicou a CCR.

De outro lado, os custos totais fisgaram R$ 1,815,1 bilhão da companhia no 2T20, o que é uma alta de 6,4% frente ao 2T19. Do montate, R$ 584,5 milhões foram destinados para depreciação e amortização em alta de 22,7% "principalmente, por conta da maior amortização de investimentos devido à proximidade do final dos contratos de concessão da RodoNorte, NovaDutra e do Aeroporto Internacional de San José, que foi adicionalmente impactado pela variação cambial do período", de acordo com a companhia.

O resultado financeiro registrou R$ 241,4 milhões negativos, uma piora de 23,7% em relação ao montante de R$ 316,5 milhões negativos atingidos há um ano.

A dívida líquida consolidada registrada no 2T20 foi de R$ 14.393,3 bilhões frente ao endividamento de R$ 13.450 bilhões do segundo trimestre de 2019, diferença de R$ 943 milhões.

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