As ações da Cosan (CSAN3) apresentaram forte alta de 7% na máxima do pregão de quarta, 17 de março, fechando aos R$ 95,19 após o time de especialistas do BTG Pactual divulgar um relatório otimista sobre o grupo, com firme recomendação de compra a preço-alvo de R$ 130. No início do pregão, vale dizer, as ações estavam cotadas a R$ 88,92. Já nesta quinta (18) os papeis fecharam em R$ 93,00.

Após acompanhar os resultados, os analistas do banco disseram que há um potencial de valorização de 46% da empresa no mercado de capitais. Como mostra o site Fundamentus, em 2020 e até agora em 2021, as ações saltaram 11% e 25%, respectivamente.

Segundo o relatório dos analistas Tiago Duarte e Ricardo Cavalieri, a Cosan caminha para o "próximo ciclo de crescimento". Para eles, a companhia começou com açucar e etanol e veio a se tornar um dos maiores e mais bem-sucedidos conglomerados brasileiros dos últimos dez anos, sendo que esse feito iniciou-se com a criação ousada da Raízen e foi alimentando-se pelo processo de diversificação.

"Depois de estrear em logística, gás natural, vender outras unidades maduras como Radar e Cosan Alimentos, e dar continuidade à tão esperada reestruturação societária, suas principais unidades de negócios amadureceram e tornaram-se relevantes geradores de FCF, de modo que a Cosan parece pronta para embarcar em um novo ciclo de crescimento", diz o relatório divulgado em 17 de março.

O time de analistas estima que a Cosan, com suas empresas, obtenha lucro líquido de R$ 3,7 bilhões em 2021 e 2022, e de R$ 4 bilhões entre os anos de 2023 a 2025.

Negócios da Cosan

O time do BTG Pactual elogiou a gestão da Cosan que permite a captação de talentos e parcerias estratégicas para o grupo. A expectativa dos analistas é de que daqui em diante haja acordos com empresas de áreas nas quais a Cosan busca crescimento, como energia, varejo, logística, digitalização, biogás, biomassa, trading, gás intermediário e downstream, e renováveis.

Também segundo os analistas, mesmo com os bons desempenhos, ainda há mais espaço no mercado para a Raízen e a Compass.

O BTG Pactual disse que ainda não captura muitas oportunidades de crescimento na Raízen. Dentre outras afirmativas, o banco acredita que o biogás tem um forte potencial de tranformar o mercado de diesel e que a operação da Raízen em energias renováveis poderia muito bem enfrentar o mercado emergente de crédito de carbono.

Por sua vez, na Compass, os analistas ainda não capturaram "o valor associado às oportunidades não pertencentes à Comgás, principalmente considerando um possível negócio da Gaspetro e outros projetos intermediários", conforme diz o relatório.