Na última terça-feira, 25 de janeiro, a Receita Federal divulgou que o governo federal arrecadou R$ 1,879 trilhão em 2021. Esse número, representa um aumento de 17,36% em relação ao que foi registrado em 2022, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Dessa forma, o governo conseguiu ter uma recuperação econômica, e os impostos sobre os lucros e rendimentos garantiram uma arrecadação recorde em 2021. O resultado ficou acima do que era previsto pelos especialistas.

De acordo com o Prisma Fiscal, pesquisa mensal com analistas do mercado divulgada pelo Ministério da Economia, as instituições financeiras esperavam uma arrecadação de R$ 1,864 trilhão em 2021.

Arrecadação federal bate recorde em 2021

Após desacelerar no mês de novembro, a arrecadação aumentou em dezembro, e somou R$ 193,902 bilhões no mês. E assim, isso representa uma elevação de 10,76% em relação ao registrado em dezembro de 2020, também descontada a inflação.

Em suma, o montante é recorde para o mês, e teve como influência, o crescimento econômico, e o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), em vigor desde outubro.

Estimulou a arrecadação em 2021, o recolhimento extraordinário de R$ 40 bilhões em Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2021.

Isso aconteceu, pois as empresas apresentaram lucros maiores que o previsto em 2021. E por isso, tiveram que pagar impostos extras nas declarações de ajuste.

De acordo com o novo secretário especial Receita Federal, Julio Cesar Vieira Gomes, o resultado de 2021 precisa ser comemorado. É dito isso, pois a economia ainda está sob efeito da pandemia. Ele disse que os dados preliminares de janeiro mostram a continuidade da retomada em 2022.

"O aumento da arrecadação em 2021 foi muito expressivo. Há muito o que comemorar, considerando que ainda estamos em meio a uma pandemia. Tivemos aumento expressivo em tributos sobre lucros e rendimentos das empresas e também no Imposto de Renda de pessoas físicas", explicou Gomes.

Além disso, outro fator que justifica a alta da arrecadação em 2021, foi a redução dos diferimentos que vigorou em 2020. Isso reforçou o caixa do governo em R$ 19,7 bilhões em 2021. A elevação das alíquotas do IOF, que financiou o Auxílio Brasil no fim de 2021, contribuiu com R$ 2,13 bilhões.

Com informações, Agência Brasil.