Na última quinta-feira (12), o Banrisul (BRSR6) apresentou os seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia alcançou um lucro líquido de R$ 164,1 milhões no período.

A partir disso, foi possível constatar uma baixa no lucro de 41,2% em relação ao mesmo período de 2021, quando chegou a R$ 278,9 milhões. De acordo com o banco, a queda do lucro se deu por conta do maior fluxo de despesas de provisão para perdas de crédito, diminuição da margem financeira.

Além disso, houve um aumento das despesas administrativas, das receitas de prestação de serviços e tarifas bancárias. Logo, o banco teve um menor volume de tributos sobre o lucro. Abaixo, confira os principais destaques da companhia no 1T22.

Resultados fiancneiros do Banrisul

Durante o 1T22, a margem financeira do 1T22 chegou a R$ 1,1218 bilhão. Ou seja, houve uma baixa de 7,1% frente o 1T21. O valor sofreu impacto pela alta mais expressivo das despesas com juros frente ao aumento das receitas com juros, em um contexto de elevação da Taxa Selic e aumento no volume de operações de crédito.

Enquanto isso, o Retorno sobre patrimônio médio (ROAE) ajustado foi de 7,3%. Ou seja, houve uma queda de 5,9 pontos percentuais na comparação com o 1T21, de 13,2%.

Ao mesmo tempo, as despesas de provisão para perdas de crédito foram de R$ 246,5 milhões no 1T22. Ou seja, houve uma alta de 89,9% na base anual. Em suma, o número mais alto é reflexo da rolagem da carteira por níveis de rating, crescimento das operações de crédito e o maior volume de recuperação de créditos baixados para o prejuízo com provisionamento integral.

Com relação às receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias aumentaram 2,9% frente o 1T21. No período, houve uma alta das receitas da rede de adquirência, trajetória minimizada pela baixa das receitas de tarifas de conta corrente, débito em conta, cartão de crédito e seguros, previdência e capitalização.

Ademais, as despesas administrativas, compostas por despesas de pessoal e outras despesas administrativas, do 1T22 tiveram uma alta de 4,3% frente ao 1T21. Já em relação ao 1T21, houve uma baixa de 7,1%.

Enquanto isso, as despesas de pessoal tiveram estabilidade na comparação entre o 1T22 e 1T21. Entretanto, as outras despesas administrativas aumentaram 8,7%. Isso se deu, em especial, pela alta nas despesas com serviços técnicos especializados, processamento de dados, serviços de terceiros e aluguéis e condomínios.

Por fim, em relação ao 4T21, as despesas de pessoal tiveram uma baixa de 9%. Elas foram influenciadas pelo efeito férias; outras despesas administrativas tiveram baixa de 5,1% no período. Durante o período, houve a redução nas despesas com serviços de terceiros e propaganda, promoções e publicidade.