A Companhia Brasileira de Alumínio, CBA (CBAV3), está a todo vapor com uma oferta pública de distribuição secundária com esforços restritos de colocação, operação também chamada de "follow-on" no mercado. Segundo o documento divulgado, as ações a serem vendidas são da acionista controladora, Votorantim, cujo Conselho de Administração realizou no domingo, 3 de abril de 2022, uma reunião para tratar sobre o assunto.

Seguindo o cronograma inicial, na quarta-feira, 6 de abril, as ações CBAV3 do follow-on foram precificadas. O Conselho de Administração do Grupo Votorantim aprovou um preço por ação de R$ 19,00, assim levantando um total de R$ 904.400.000,00, mediante a alienação de 47,6 milhões de ações, sem considerar lotes adicionais e suplementares.

Foram contratados como coordenadores do follow-on da CBA as instituições financeiras BTG Pactual, Bank of America (BofA), Bradesco BBI, UBS BB, Citi, Itaú BBA e JP Morgan. Só podem participar da operação investidores profissionais e investidores institucionais estrangeiros, dentro das normas em vigor.

Sobre o follow-on da CBA (CBAV3)

A oferta da CBA (CBAV3) contou com esforços restritos e consistiu inicialmente de distribuição secundária de 34 milhões de ações, que é a base. Ou seja, essa é a fatia detida pela Votorantim que foi ofertada ao mercado.

Mas, o follow-on da CBA também podia negociar um lote adicional de até 28,9 milhões de ações, relativo a um acréscimo de até 85% da base inicial, bem como um pacote suplementar com até 5,1 milhões de papéis, conforme a demanda.

Segundo o documento divulgado, com demanda, o Grupo Votorantim aceitou negociar mais 13,6 milhões de ações, relativas ao lote adicional, sendo um acréscimo de 40% sobre a oferta inicial.

Por ser secundária, que é quando acionistas da empresa colocam à venda suas respectivas ações, como é o caso desse follow-on da CBA, todos os recursos serão destinados para o Grupo Votorantim - que é acionista e o atual controlador da companhia.

Follow-on: precificação das ações CBAV3 em 6 de abril

Pelo cronograma anunciado, a fixação do preço por ação (precificação) no follow-on da CBA ocorreu no dia 6 de abril de 2022, quinta-feira, como o previsto. Já o início da negociação das ações da oferta na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) deve ocorrer na sexta-feira, 8.

Por sua vez, a liquidação dos papéis com a entrega das ações aos respectivos investidores deve ser concluída no dia 11 de abril desse ano, caso os procedimentos ocorram conforme o planejamento.

Nessa oferta restrita exclusivamente de distribuição secundária, não haverá concessão de prioridade aos acionistas da CBA, diluição dos atuais acionistas, bem como não caberá alteração na capitalização da companhia.

De outro lado, a Votorantim receberá os recursos líquidos da operação e pagará as comissões e as despesas do follow-on, incluindo custos com advogados, consultores e auditores, conforme informa o documento divulgado.

CBA registra lucro recorde de R$ 615 milhões

A Companhia Brasileira de Alumínio, ou CBA (CBAV3), teve um lucro líquido recorde de R$ 615 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), assim revertendo o prejuízo líquido de R$ 498 milhões reportado no mesmo período de 2020, segundo o relatório de resultados divulgado em 15 de março, em meio à temporada de resultados das empresas listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Pelo balanço, a CBA disse que o resultado com recorde histórico foi reflexo de um cenário favorável em relação a volume e preços de alumínio praticados, combinado com a reversão do saldo negativo de outros resultados operacionais.

Além disso, a CBA, que estreou na B3 em julho do ano passado, registrou um lucro líquido de R$ 838 milhões em 2021, ante o prejuízo de R$ 880 milhões de 2020. Atualmente, a CBA produz produtos como vergalhões, folhas e chapas de alumínio, telhas, dentre outros.