A Tenda (TEND3) apresentou, na última quarta-feira, 11 de maio, os seus resultados financeiros referente ao 1º trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 67 milhões no período. A partir disso, foi possível constatar que a companhia reverteu o lucro líquido de R$ 36,9 milhões do mesmo período de 2021.

O resultado ruim acompanha a queda de 3,6% da receita líquida da base anual, para R$ 581,4 milhões. Desse total, R$ 571,1 milhões vêm da controlada que leva o mesmo nome da holding, e R$ 10,3 milhões provenientes da Alea.

Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 1T22.

Resultados financeiros da Construtora Tenda

Durante o 1T22, a Tenda viu as suas vendas brutas reduziram 8,4% na mesma comparação, para R$ 744 milhões. E os distratos ainda aumentaram 6,4 pontos percentuais, para 19,7%.

Além disso, a redução das vendas acompanha o número menor de lançamentos da holding, com o Valor Geral de Vendas (VGV) reduziram 23% no ano, para R$ 467 milhões.

Ao mesmo tempo, o número menor de vendas se dá pelo repasse de preços da construtora. Em suma, o preço médio de uma unidade da Tenda cresceu 14% no ano, chegando a R$ 162 mil.

Com os maiores preços, a Tenda viu ainda, o seu estoque aumentar 8,7% na comparação com o 1º trimestre de 2021, para R$ 1,7 bilhão.

Embora tenha elevado o seu preço médio, a Tenda viu a sua margem bruta diminuir 12 pontos percentuais na base anual, chegando a 18,1%. Enquanto isso, o lucro bruto caiu de R$ 178,9 milhões para R$ 108,9 milhões.

Enquanto isso, a construtora registrou R$ 64 milhões em despesas com vendas, R$ 48 milhões em despesas gerais e administrativas. Além disso, foram gastos R$ 11,3 milhões com "outras despesas", com destaque para as demandas judiciais, com R$ 8,1 milhões.

Ademais, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), ficou negativo em R$ 11,1 milhões. Já no 1T21, o saldo positivo foi de R$ 65,9 milhões. E a margem Ebitda ficou negativa em 1,9%, diminuindo 13%.

Assim, o resultado financeiro da Tenda subtraiu ainda R$ 37,5 milhões do balanço da construtora, alta de 296,7% na base anual. De acordo com a empresa, "O desempenho tem sido prejudicado dado que a rentabilidade das aplicações (benchmark100% CDI) sobre uma posição de caixa livre menor não estão conseguindo fazer frente ao custo de dívida que vem aumentando".

Por fim, a Tenda terminou o 1T22 com uma dívida líquida de R$ 596,6 milhões, frente a R$ 331,8 milhões no 4T21, e a R$ 38 milhões no 1T21.