A Cielo informou ao mercado, com base no Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), que as vendas no varejo brasileiro caíram -19,9% em julho deste ano frente ao desempenho deste mês de 2019. Além disso, o chamado ICVA Nominal, que mostra as vendas na perspectiva do varejista, registrou recuo de -18,6%.

Entretanto, esses índices demonstram que há certa recuperação no varejo, pois é a terceira melhoria consecutiva nas vendas desde maio de 2020 quando o ICVA indicava queda de -30,5%; enquanto no olhar dos varejistas o dano era de -29,5%. Em junho, por sua vez, o índice da Cielo mostrou desvalorização de -24,1% e o índice nominal viu baixa de -22,9%. Confira:

Fonte: Cielo.
Fonte: Cielo.

Essas informações foram divulgadas em nota assinada no dia 17 de agosto pelo Vice-Presidente Executivo de Finanças e Diretor de Relações com Investidores da Cielo, Gustavo Henrique Santos de Sousa.

"Mesmo sendo difícil prever a evolução da pandemia, os números sugerem que, em termos de impacto no comércio, o pior da crise já passou. Notamos, como destaque, alguma recuperação em setores de serviços, como Alimentação em Bares e Restaurante e também Turismo e Transportes, ainda que continuem apresentando uma queda bem maior que a média dos demais setores, já que foram mais afetados pelo isolamento social", explicou o superintendente-executivo de Inteligência da Cielo, Gabriel Mariotto.

A maior recuperação registrada foi no setor de serviços com destaque para o turismo e transporte. O segundo melhor desempenho é visto no setor de bens duráveis e semiduráveis com bons resultados nos varejos de vestuário e materiais para construção. De acordo com a Cielo, os setores de drogarias e farmácias, supermercados e hipermercados apenas registraram suave reuperação em julho.

Neste mesmo mês, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,36% sendo o melhor resultado para julho nos últimos quatro anos. Considerando os últimos doze meses, o IPCA totaliza 2,31%. Em meio à pandemia, o Transporte, a Habitação e os Artigos de Residência influenciaram na recuperação da inflação; enquanto o vestuário trouxe impactos negativos, conforme anunciado pelo IBGE.

Ao comparar as regiões do país, a Cielo detectou maior recuperação em julho no norte, nordeste e sudeste em relação a junho. De outro lado, as regiões centro-oeste e sul apresentaram retração nas atividades. "De fato, do ponto de vista da crise de saúde, estas duas regiões tinham relativamente menos casos e mortes por Covid-19. Mas no último mês apresentaram uma piora neste cenário, o que refletiu no comércio", disse Gabriel Mariotto.