As Lojas Renner (LREN3) apresentou seu balanço financeiro do primeiro trimestre deste ano. A empresa teve lucro líquido de R$10,4 milhões nos primeiros três meses de 2020, valor correspondente a uma queda de exatamente 93,6% em comparação com o mesmo período de 2019, quando havia registrado R$161,6 milhões.

A brusca queda, segundo a companhia varejista de roupas, é devido ao fechamento das lojas em razão da pandemia do novo Coronavírus, que agravou uma significativa recessão econômica no Brasil e no mundo: "Começamos o ano de 2020 em um ambiente favorável, com bom desempenho de vendas, no entanto, o fluxo de clientes caiu à medida que cresciam as incertezas sobre a covid-19", informou as Lojas Renner.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi de R$110,9 milhões, o que representa uma queda de 64,9% em comparação de base anual. Além disso, a receita líquida com as vendas teve declínio de 6,1%, e foi a R$1,5 bilhão. As vendas das mesmas lojas tiveram queda de 10,7% no período.

Vale lembrar que as Lojas Renner foram as primeiras do país a fecharem as portas durante a pandemia. Além do Brasil, o Uruguai e a Argentina também foram países que fecharam as suas filiais, entre os dias 18 e 20 de março. Algumas unidades estão sendo reabertas desde o dia 24 de abril, e atualmente, 18,3% das lojas estão em funcionamento. Com as lojas fechadas, os canais digitais da Renner demonstraram crescimento de cerca de 32,9%, se comparado ao mesmo trimestre de 2019.

Entretanto, mesmo que o primeiro balanço financeiro da empresa não seja muito bom, os investidores podem acreditar em uma melhora. Segundo as principais corretoras financeiras, a queda não deve preocupar, pois a empresa é uma das "mais bem equipadas para os períodos de dificuldades que estão por vir".

De acordo com o analista de Varejo da XP Investimentos, Pedro Fagundes, as Lojas Renner ainda são ótimas opções para compra de ações:

"Acreditamos que a Lojas Renner terá fôlego não só para atravessar o período mais crítico da crise, mas também para continuar investindo nas alavancas de crescimento corretas e fortalecendo seus diferenciais competitivos".