Na última segunda-feira (16), a Equatorial Energia (EQTL3) apresentou os seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia alcançou um lucro líquido de R$ 580 milhões no período.

A partir disso, foi possível constatar que a companhia alcançou uma alta de 64,2% no seu lucro líquido, em relação ao mesmo período de 2021.

Abaixo, confira os principais destaques da companhia no 1T22.

Resultados financeiros da Equatorial Energia

Durante o 1T22, o Ebitda, que mede o resultado operacional, foi de R$ 1,59 bilhão, avanço de 58,1%.

"O crescimento é explicado pelo efeito positivo da consolidação dos novos ativos, com destaque para a CEEE-D, que contribuiu com R$ 172 milhões no comparativo entre períodos; (ii) pelo crescimento dos ativos de distribuição existentes em R$ 130milhões, beneficiados pela maior tarifa fio-b, crescimento de mercado e redução de perdas; e (iii)pela variação positivado EBITDA no segmento de Transmissão, beneficiado pelo efeito negativo, no1T21, do ajuste na receita com ativo de contrato".

Já a receita operacional líquida somou R$ 5,84 bilhões. Ou seja, houve um crescimento de 41,1%.

"O forte aumento reflete, (i) a consolidação dos novos ativos (CEEE-D, CEA e Echoenergia), (ii) no segmento de Distribuição, a melhora no volume distribuído, com destaque para a Equatorial Pará, que apresentou crescimento de 6,5% na energia distribuída, e a consolidação das distribuidoras CEEE-D e CEA; e (iii) no segmento de Transmissão, a entrada em operação das linhas de transmissão remanescentes, com 100% do portfólio em estágio operacional a partir do 2T21".

Enquanto isso, o volume total de energia distribuída chegou a 8.633 GWh. Ou seja, houve uma alta consolidada de 3,5% em relação ao 1T21. O destaque foi para os estados do Pará e Rio Grande do Sul, que aumentaram 6,5% e 5,9%, respectivamente.

Por outro lado, as perdas totais diminuíram em todas as distribuidoras. Com exceção no CEA, em comparação ao 4T21. A companhia terminou o trimestre com o nível consolidado de perdas (últimos 12 meses) de 23,3% sobre a energia injetada. O destaque foi para o Rio Grande do Sul (-0,5p.p.; 18,1%) e o Pará (-0,5 p.p.; 28,5%).

Ao mesmo tempo, os investimentos consolidados somaram R$ 701 milhões. Ou seja, houve um aumento de 11% em relação ao 1T21. Isso se deu, por conta do maior volume de investimentos executados nas distribuidoras.

Vale ressaltar ainda, que no 1T22, foi concluída a compra de 100% das ações da Echoenergia S.A. Isso adicionou 1.2 GW de capacidade instalada em geração renovável, e mais 1.2 GW em projetos em desenvolvimento, ao portfólio da Equatorial.

Por fim, a dívida líquida chegou a R$ 22.777 milhões no 1T22. Ou seja, houve uma alta de 120,2% em relação ao 1T21, quando o valor chegou a R$ 10.346 milhões.

Já a alavancagem consolidada no 1T22 registrou 3,7x, medida pela relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado. Já as disponibilidades ficaram em R$ 8,9 bilhões, 2,6x a dívida de curto prazo.