A companhia Magazine Luiza (MGLU3) apresentou na última segunda-feira (16), os seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia apresentou um prejuízo líquido de R$ 161,3 milhões no período.

A partir disso, a companhia apresentou uma reversão do seu lucro de R$ 258,6 milhões, que alcançou no mesmo período de 2021. Em termos ajustados, a Magalu teve um prejuízo de R$ 98,8 milhões, revertendo assim, o lucro de R$ 81,5 milhões no 1T21.

De acordo com a companhia, o desempenho é decorrente do aumento das despesas financeiras no período. De acordo com a companhia,

"Em relação ao mesmo período do ano anterior, as despesas aumentaram 2,7 pontos percentuais, devido ao aumento da taxa de juros na economia brasileira ao longo do ano - a taxa SELIC passou de 2,00% a.a. no começo de 2021 para 11,75% a.a. no final de março de 2022".

Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 1T22.

Resultados financeiros do Magazine Luiza

Durante o 1T22, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da Magazine Luiza chegou a R$ 339,5 milhões. Ou seja, houve uma baixa de 51,2%, com uma margem Ebitda de 3,9%, ante 8,4% de um ano antes.

Enquanto isso, o Ebitda ajustado somou R$ 434,2 milhões. O valor aponta uma alta de 1,7%, com margem de 5,0%, ante 5,2% o 1T21. Já em março, a margem Ebitda chegou a 6,1%.

Com relação às vendas totais, incluindo marketplace, as mesmas totalizaram R$ 14,124 bilhões. Ou seja, houve um aumento de 13,2%.

Ao mesmo tempo, o e-commerce teve crescimento de 16% e chegou a R$ 10 bilhões em vendas. Paralelo a isso, as vendas do marketplace do Magazine Luiza aumentaram 50%, ficando acima de R$ 3,6 bilhões. E assim, representaram 36% das vendas on-line.

Além disso, nas lojas físicas, as vendas aumentaram 6% na comparação com o 1T21, para R$ 4 bilhões. A companhia explica que "A tendência de vendas vista em janeiro e fevereiro foi significativamente melhor que no final de 2021 e, em março, o crescimento acelerou ajudado parcialmente pela menor base de comparação".

Ademais, as vendas mesmas lojas físicas (SSS) diminuíram 2,8%. De acordo com a companhia, "Na prática, repassamos para o preço final a inflação de custo dos produtos que comercializamos e o aumento da taxa de juros, o que foi refletido na margem bruta".

Além disso, a companhia reafirmou o seu foco na rentabilidade, em especial para as categorias de bens duráveis. Já os níveis de estoque foram ajustados, com diminuição do saldo em mais de R$ 1 bilhão em comparação ao fechamento de 2021.

O documento da Magalu cita que "Além disso, otimizamos as despesas variáveis e fizemos ajustes na operação para estarmos mais adaptados ao tamanho do mercado atual, que tem sofrido o impacto do cenário macroeconômico adverso".

Por fim, as despesas operacionais em relação à receita líquida aumentaram 2,9 pontos percentuais para 22,8%. De acordo com o Magazine Luiza, a alta está associada à menor diluição das despesas nas lojas físicas e ao aumento expressivo do marketplace.