Caso você já seja um investidor em ações ou em outros ativos de renda variável, provavelmente já tenha ouvido falar no mercado de opções. O mercado de opções funciona com expectativas futuras. Com ele, é possível vender e comprar um ativo, com preço e data específica para o futuro.

Isso significa que as opções são como contratos que fecham acordos de compra ou venda de um ativo no futuro. Seu funcionamento é bem parecido com um mercado, pois ele tem diferentes contratos (opções), preços e prazos diversificados e disponíveis para quem quer comprar ou vender.

Entenda tudo isso abaixo.

Quem é quem no mercado de opções?

Assim como no mercado, no de opções também existem vendedores e compradores. Os lançadores são os vendedores (aqueles que lançam os contratos ou opções) e os titulares são os compradores (quem compra o direito de comprar ou vender um ativo do lançador).

É interessante que qualquer investidor pode ser um lançador, registrando uma opção de ações de uma empresa, definir quanto vale e o prazo de validade. Da mesma maneira que qualquer investidor pode comprar uma opção.

Porém, não é apenas chegar e colocar o preço que você acha que ela vale, já que existem muitos fatores que influenciam nesse valor. Caso você defina o preço muito fora da realidade, a opção irá encalhar.

O que é preciso saber para entender o mercado de opções?

Antes de tudo, é preciso conhecer alguns termos e conceitos usados nesse tipo de mercado. Confira.

Ativo-objeto: esse é o ativo que está no contrato (ativo atrelado à opção), como por exemplo, opções de ações de uma certa empresa são opções atreladas às ações dessa empresa. Já as opções do Ibovespa são atreladas ao índice Ibovespa.

Titular: é a pessoa que compra a opção e tem o direito estabelecido de exercê-la.

Lançador: pessoa que vende a opção e passa esse direito de comprar ou vender ao titular do ativo. Isso significa que o lançador tem a obrigação de vender ou comprar o ativo atrelado à opção.

Prêmio: refere-se ao valor pago por quem compra a opção, sendo assim, o preço que o investidor paga para ter o direito de comprar ou vender um ativo.

Data de vencimento: é a data limite que o titular tem para exercer o seu direito de compra ou venda do ativo.

Exercício: período entre a data de compra e a data do vencimento da opção. Depois de expirar, o titular não tem mais nenhum direito sobre o ativo do contrato, como se ele se encerrasse automaticamente.

Strike: é o preço prefixado praticado na compra ou na venda do ativo até a data de vencimento, ou na data de vencimento.

Dentro e fora do dinheiro: e no dinheiro: no mercado de opção de compra (call), quando se diz ‘dentro do dinheiro’ é que o valor do strike está abaixo do preço do ativo no mercado. Quando se fala ‘fora do dinheiro’ é quando o strike está acima do preço do ativo.

No caso do mercado de opção de venda (put) é o contrário. ‘Dentro do dinheiro’ quer dizer que o valor do strike está acima do preço do ativo, e ‘fora do dinheiro’ é quando o valor do strike está abaixo do preço do ativo no mercado.

Para a opção "no dinheiro", o strike está mais perto do valor do ativo que está sendo praticado no mercado. Isso vale tanto para compra ou venda.

Como funciona o mercado de opções?

Suas identificações são feitas por um ticker diferente dos tickers das ações. Vale lembrar que o Ticker é a sequência de letras e números que identifica uma empresa listada na Bolsa. Para os casos das opções listadas, o Ticker diz muito sobre a opção.

Nas opções, os tickers têm cinco letras e alguns números (podendo variar essa quantidade). Os números correspondem ao strike, portanto, é o valor prefixado no contrato. As quatro primeiras letras correspondem ao ativo atrelado à opção, podendo ser uma ação ou moeda, por exemplo.

A quinta letra se refere se essa opção é de compra (chamado nesse mercado de call), ou de venda (chamado de put). A mesma letra corresponde ao mês do vencimento do acordo, dando o direito de comprar ou vender um ativo para o investidor.