A Alphaville, empresa de loteamento residenciais de alto padrão, anunciou seu plano de entrar na bolsa de valores brasileira, B3, em março deste ano por meio de pedido de Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês). Entretanto, por causa da pandemia da covid-19, a empresa solicitou à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) em abril a interrupção temporária do prazo de análise da operação.

Já em 14 de agosto, com a volta gradual dos estabelecimentos, a Alphaville retomou o IPO e protocolou novamente o pedido para abertura de capital, que possivelmente pode ocorrer este ano. Conforme o fato relevante publicado, "a efetiva realização da oferta, bem como a definição de sua estrutura e volume, está sujeita, dentre outros fatores, às condições dos mercados de capitais nacional e internacional e aos registros pertinentes junto à CVM e à B3".

A companhia pediu à CVM a autorização para oferta primária e secundária de ações. Entretanto, o IPO deve apenas consistir inicialmente em distribuição primária (que traz os recursos para o caixa), de acordo com o fato relevante. Junto a esse pedido, a Alphaville também solicitou registro de emissora de valores mobiliários na categoria "A".

Sobre a Alphaville Urbanismo

Fundada há 45 anos pelo engenheiro Renato Albuquerque, a Alphaville veio de Barueri, interior de São Paulo, com a construção do Alphaville Residencial que tornou a cidade um polo econômico.

Atualmente a empresa está espalhada em 23 estados do Brasil, tendo em seu portfólio diversos empreendimentos residenciais de alto padrão. Os condomínios contam com obras de arquitetura e urbanismo, além de serviços de segurança, lazer, sustentabilidade, dentre outros.

Conforme a demonstração financeira do último ano, a companhia registrou um prejuízo líquido de R$ 774 milhões no fim de 2019, o que contribuiu para o prejuízo acumulado chegar em R$ 2.170 bilhões.