Os analistas do BTG Pactual reavaliaram a situação da Oi, que está em recuperação judicial desde 2016, com otimismo neste mês de setembro ao recomendar um preço-alvo de R$ 2,80 para a compra da ação ordinária, frente à cotação de R$ 2, com valorização estimada em 63%.

Assinado pelos analistas Carlos Sequeira e Osni Carfi, o relatório traz expectativas baseadas no plano de reestruturação que foi aprovado no dia 8 de setembro em assembleia de credores, etapa essencial para as vendas dos ativos móveis da Oi.

"Agora a empresa está autorizada a vender ativos que podem levantar R$ 24 bilhões, que seriam usados para pagar algumas dívidas e fornecer o capital necessário para investir em sua estratégia focada em fibra", explicam os analistas do BTG Pactual.

Caso a venda dos ativos dê certo, os recursos irão ajudar na quitação das dívidas da Oi, que estão avaliadas em R$ 27 bilhões.

Entre as interessadas nos ativos móveis da Oi, estão as empresas Tim, Telefônica (dona da Vivo) e a Claro que apresentaram juntas uma proposta no valor de R$ 16,5 bilhões em 7 de setembro. Por sua vez, a Oi aceitou a proposta e, após análise, concedeu o status de "stalking horse" ao trio, o que permite uma certa vantagem para a proposta durante o futuro leilão.

Sobre a rede de fibra da Oibr3

A empresa possui uma poderosa rede de banda larga via fibra ótica (FTTH) que já chegou ao patamar de 6,7 milhões de residências no final do segundo trimestre deste ano, conectando 1,3 milhão de clientes. Em 2018, a rede contava com cem mil usuários.

Para os analistas do BTG Pactual, a atuação da Oi com esse segmento está dando bons resultados. "Esperamos que a empresa termine 2020 com 2 milhões de clientes conectados e faturamento anualizado de R$ 2 bilhões. Até o final de 2021, estimamos 3,5 milhões de clientes conectados e faturamento de R$ 3,6 bilhões", estimam os analistas.