A companhia de telecomunicações Oi (OIBR3), que está em recuperação judicial desde 2016, anunciou ao mercado na segunda-feira, 7, que aceitou a proposta vinculante apresentada pela Tim, Claro e Telefônica (dona da Vivo) no total de R$ 16,5 bilhões para a compra da Unidade Produtiva Isolada (UPI) de ativos móveis.

Entretanto, o trio pagará os R$ 16,5 bilhões pelos ativos móveis apenas se vencer o processo competitivo exigido para a operação. Com a aceitação da Oi, as empresas Tim, Claro e Vivo ganharam o status de "stalking horse", o que permite uma certa vantagem para o trio durante a negociação.

Conforme o fato relevante publicado, Tim, Claro e Vivo terão ainda o direito de cobrir a proposta de maior valor apresentada no processo competitivo, desde que o novo preço seja 1% maior do que a melhor oferta, no mínimo.

A Oi vai considerar o status vantajoso durante uma Assembleia Geral de Credores marcada para esta terça-feira, 8, quando a reformulação do plano judicial também será tratada. Os documentos sobre as decisões tomadas no fim da reunião deverão ser publicados em breve.

De acordo com o fato relevante; do montante de 16,5 bilhões de reais, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até doze meses pela Oi ao trio, somado a isso está o compromisso de celebração dos contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, na modalidade take or pay, cujo valor presente líquido (VPL) é de R$ 819 milhões.

Vale dizer que a Oi estabeleceu o preço mínimo de R$ 15 bilhões para a negociação de seus ativos móveis.

Venda de parte móvel da Oi começou em julho

Em 18 de julho, o interesse da Tim, Claro e Vivo pelos ativos móveis da Oi foi anunciado ao mercado, o que gerou expectativas sobre a ação da empresa (OIBR3). Sendo que, entre as concorrentes das telecomunicadoras, está a empresa Highline.

Segundo o documento publicado pela Telefônica na época, os principais ativos objetos da oferta vinculante são: termos de autorização de uso de radiofrequência; base de clientes do Serviço Móvel Pessoal da Oi; direito de uso de espaço em imóveis e torres; elementos de rede móvel de acesso ou de núcleo; e sistemas/plataformas.

- Veja o fato relevante publicado nesta segunda-feira, 7