A caderneta da poupança continua mostrando resultados positivos neste ano. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC) na sexta-feira, 4, por meio de relatório, a poupança teve uma captação líquida de R$ 11,4 bilhões em agosto, o que é um recorde histórico para o mês na série que começou em 1995.

O montante líquido é a diferença entre a entrada de R$ 284,2 bilhões por depósitos e a quantia de R$ 272,8 bilhões resultante das retiradas no mês de agosto - veja o relatório mensal.

Isso mostra um comportamento de maior prevenção financeira por parte dos brasileiros neste período por meio das reservas para emergências, já que a pandemia da Covid-19 tem causado instabilidade nos setores econômicos e nos cabides de emprego e consequentemente ameaça a renda do trabalhador.

Desde março, quando a pandemia começou a prejudicar a economia global, a poupança brasileira apresenta números positivos no quesito captação líquida (mais depósitos e menos saques), veja:

  • Março: R$ 12,169 bilhões;
  • Abril: R$ 30,459 bilhões;
  • Maio: R$ 37,201 bilhões;
  • Junho: R$ 20,534 bilhões;
  • Julho: R$ 28,144 bilhões.

Por mais que poupar dinheiro seja importante, principalmente em meio a uma crise global, o Banco Central vê um problema nesse intenso movimento dos brasileiros; isso porque, se a população está guardando mais dinheiro, quer dizer que ela tem comprado ainda menos, o que traz desvantagem no comércio e na circulação de valores na economia.

Mas e a rentabilidade da poupança?

A rentabilidade da poupança é considerada muito baixa pelos especialistas, em comparação com outras opções existentes no mercado - como o tesouro direto.

A poupança segue em setembro rendendo apenas 1,4% ao ano e menos do que 0,12% ao mês, o que não cobre nem a inflação sobre os investimentos. Desta forma, os brasileiros parecem optar pela tradicional poupança em virtude de sua segurança já conhecida por todos.