A Paranapanema (PMAM3), maior produtora brasileira não integrada de cobre refinado e seus produtos divulgou nessa sexta-feira, dia 30 de julho, seu balanço operacional e financeiro referente ao segunto trimestre de 2021 (2T21). Entre os destaques está a Receita Líquida de R$ 1,162 bilhão no trimestre, aumento de 6,8% em relação ao mesmo período de 2020.

Além disso, a companhia também destacou que teve uma redução nas Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas (SG&A) de R$ 4,4 milhões no 2T21 em relação ao 2T20, o que representa uma diminuição de 17,4%.

O Ebitda Ajustado foi de R$ 22,3 milhões no 2T21, um crescimento de R$ 66,7 milhões em relação ao mesmo período de 2020 e o lucro líquido encerrou o período em R$ 208,9 milhões, impactado positivamente pela variação cambial sobre a dívida da Empresa.

Outro destaque ainda, foi o aumento na utilização de matéria-prima reciclável no processo produtivo, que passou de 9,1% no 2T20 para 21,9% no 2T21, que em conjunto com as reduções das perdas metalúrgicas, que representou um ganho de R$ 9,4 milhões.

Veja na imagem abaixo os destaques da empresa:

Quadro com os principais indicadores da empresa no 2T21. Créditos: Reprodução/Paranapanema
Quadro com os principais indicadores da empresa no 2T21. Créditos: Reprodução/Paranapanema

Veja mais detalhes dos resultados apresentados.

Receita Líquida por setor

Em relação ao cobre primário, a receita líquida da companhia foi de R$ 392.854 milhões no 2T21, o que representa uma redução de 39% na comparação com o mesmo período de 2020. Já os produtos de cobre teve um aumento de 99% em sua receita, totalizando R$ 607.261 milhões frente aos R$ 305.736 registrados no 2T20.

Dentro do quesito produtos, os vergalhões, fios e outros foram os que tiveram o melhor desempenho, totalizando R$ 449.989 milhões no 2º trimestre, um aumento de 109% na comparação anual.

Vale destacar ainda que a companhia teve um resultado melhor no mercado interno em comparação com o mercado externo já que no interno teve um aumento de 11,7 p.p. e no externo houve redução de 13,6 p. p.. Ainda assim 62,9% da receita líquida total foi obtida a partir do mercado externo.

EBITDA

O Ebitda ajustado que exclui os efeitos de LME e Dólar no estoque, OCI, contingências e demais efeitos não recorrentes, fechou o 2T21 com um crescimento de R$ 66,7 milhões em relação ao 2T20, como já dito anteriormente.

Segundo a empresa, este crescimento se deu principalmente por conta de um melhor mix de vendas de produtos, com crescimento da venda de Produtos de Cobre, de maior valor agregado, e redução da venda de Produtos de Cobre Primário, bem como pela contribuição advinda do aumento da receita de Coprodutos no período.

Veja mais detalhes na imagem abaixo:

Ebitda da Paranapanema no 2T21. Créditos: Reprodução/Paranapanema
Ebitda da Paranapanema no 2T21. Créditos: Reprodução/Paranapanema

Lucro Líquido e Lucro Ajustado

No 2T21 a companhia teve Lucro Líquido de R$ 208,9 milhões, como é possível ver na imagem acima. Segundo a empresa, esse resultado foi impactado principalmente pela variação cambial sobre as suas posições de balanço e suas dívidas em moeda estrangeira.

Sobre a base de R$ 208,9 milhões de Lucro Líquido foram ajustados R$ 372,0 milhões de variação cambial positiva sobre todas as posições de balanço, incluindo a variação cambial da dívida que foi de R$ 361,9 milhões e R$ 9 milhões de OCI. Foram ajustados também R$ 39,3 milhões de depreciação e amortização e R$ 15,1 milhões entre provisões e outras posições.

Após as exclusões, a companhia apresentou um Prejuízo Líquido Ajustado de R$ 95,9 milhões.

Negociação de dívidas

Na abertura do relatório, a administração da empresa ressaltou que a negociação das dívidas com os principais credores da empresa esteve entre suas principais pautas ao longo do trimestre e como prova disso, o relatório lembra que a Paranapanema assinou, no dia 20 de maio de 2021, o documento denominado "Memorando de Entendimentos Não Vinculante para a Renegociação de Dívidas da Paranapanema S.A. e Outras Avenças".

Esse documento foi assinado juntamente com seus principais credores financeiros, essencialmente os mesmos que participaram do processo de renegociação em 2017, formalizando entendimentos não vinculantes com relação ao novo processo de renegociação das dívidas da Companhia. Apenas um credor que participou da renegociação em 2017 não concordou com os termos, em virtude do encerramento iminente de suas operações no Brasil.

A dívida líquida da empresa encerrou o 2T21 em R$ 3.068.638 milhões, uma redução em relação ao trimestre anterior, considerando que no 1T21 ela era de R$ 3.419.880 milhões.

A companhia destacou em seu relatório que sua dívida é denominada em moeda estrangeira (USD) e suscetível à variação do câmbio, mas que as receitas da companhia em sua totalidade também são denominadas em USD, e que portanto os recebíveis estão na mesma moeda.

Covid-19

A empresa ressaltou ainda que no 2T21, uma de suas principais preocupações seguiu sendo a pandemia de Covid-19, de forma que buscou assegurar a saúde dos colaboradores.

Inclusive, a manutenção das melhores práticas para enfrentamento da Covid-19 em consonância com o determinado pelas autoridades sanitárias foi um dos destaques do relatório. "Os procedimentos adotados têm como prioridade a saúde dos colaboradores próprios e terceiros", disse a Paranapanema.