Na última segunda-feira, 16 de maio, o Nubank divulgou os seus resultados financeiros referente ao primeiro trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia teve um prejuízo líquido de US$ 45,1 milhões no período. A partir disso, foi possível constatar uma baixa de 9% antes os US$ 49,4 milhões registrados no primeiro trimestre de 2021.

De acordo com a companhia, o prejuízo é decorrente da menor alta de despesas comparado ao crescimento da receita, estimulado pelo aumento das operações e da base de clientes do banco em todos os países.

Abaixo, confira os principais destaques da fintech no 1T22.

Resultados financeiros do Nubank

Durante o 1T22, a receita líquida do Nubank chegou a US$ 877,2 milhões. Ou seja, houve uma alta de 226% na comparação anual, "neutro de efeito cambiais" (FXN), segundo o balanço.

Enquanto isso, a receita média mensal por cliente ativo (ARPAC) no período foi de US$ 6,7. O resultado é 63% superior ao 1T21, vindo com o "amadurecimento das safras de clientes do Nubank, pela taxa de atividade dos clientes e pelo lançamento de novos produtos".

Ademais, a instituição financeira disse ainda que a Receita de Juros e Ganhos (Perdas) sobre Instrumentos Financeiros, aumentou 343% na comparação com o 1T21. Ele saiu de US$ 139,9 milhões no 1T21 para US$ 619,4 milhões para o 1T22.

Em suma, o valor veio com o aumento da receita líquida de juros da carteira de crédito ao consumidor, que é composta de empréstimos pessoais e cartões de crédito.

De acordo com o relatório do Nubank,

"Esse aumento também reflete a alta das taxas de juros no Brasil durante o 1T22 (a média do CDI foi de 10,3% p.a. no 1T22, contra 2,0% p.a. no 1T21) e o aumento dos ativos financeiros, à medida que o Nu continuou a expandir sua franquia de depósitos de varejo no Brasil".

Ademais, a carteira de crédito do Nubank encerrou o 1T22 em US$ 3,1 bilhões. Ou seja, houve uma alta de 343% em 12 meses, puxado pela alta dos empréstimos pessoais, que cresceram 400%.

No número de clientes, o Nubank terminou o 1º trimestre com 59,6 milhões, nível recorde, com alta de 5,7 milhões no 1T22.

Enquanto isso, o custo dos serviços financeiros e transacionais do Nubank no período, ficou em US$ 583,1 milhões. O índice aponta uma alta de 310% (FXN) ante os US$ 129,3 milhões no 1T21. De acordo com a fintech, esse custo representou 66% da receita no 1T22, contra 53% no 1T21.

Paralelo a isso, a apresentação dos números do 1T22 aponta que ocorreu uma alta em juros e outras despesas financeiras, consequência do aumento das despesas de juros sobre os depósitos de varejo. Em suma, a alta foi de US$ 31,7 milhões registrados no 1T22 para US$ 273 milhões no 1T21.

Ademais, as despesas com provisões para perdas de crédito também cresceu, chegando a US$ 361,8 milhões no 1T22. Ou seja, houve uma alta de 114%, ou 95% FXN, na comparação com o 1T21. Porém, caíram para 41% da receita total, contra 69% o mesmo período de 2021.

Por fim, o Nubank explica que:

"O principal fator responsável pelo crescimento absoluto das despesas operacionais foi o aumento de 112%, ou 93% FXN, nas despesas gerais e administrativas, principalmente devido à expansão da remuneração baseada em ações resultante do efeito das despesas associadas a tributos sobre a folha de pagamento em razão da variação do preço da ação em 2022 em relação a 2021, aliado ao aumento do quadro de funcionários no período".