Com certeza o mundo está curioso para saber como será o conceito do metaverso e quais produtos os investidores poderão encontrar neste novo universo paralelo.

Essa mudança tecnológica que está acontecendo prevê um futuro novo, com ambientes virtuais online em 3D, como uma interação futura na internet. Mas será que toda essa mudança irá refletir na forma de investir? Vamos primeiro entender como tudo isso funciona. Confira.

Quais produtos relacionados ao metaverso o investidor pode encontrar na B3?

O que é metaverso?

Metaverso é um ambiente virtual. No caso dos ativos, no metaverso eles são chamados de NFTs (non-fungible tokens ou tokens não fungíveis), podendo ser objetos, terrenos ou até obras de arte, por exemplo. E todos eles só podem ser obtidos de forma virtual.

Como serão os investimentos no metaverso?

Com toda a curiosidade em cima do assunto, o interesse das pessoas para investir nesse tipo de produto cresceu consideravelmente. Alguns se empolgam pela novidade em diversificar sua carteira e outros por terem visão de um grande potencial de crescimento nesses ativos disruptivos. Essa tecnologia é conhecida como blockchain, como se fosse um livro de registro das negociações, garantindo assim, a exclusividade e a existência de cada item.

De acordo com a Citigroup (maior empresa no ramo de serviços financeiros mundial), no metaverso terá oportunidades tanto para gestores quanto para os investidores, já que a estimativa é que a economia relacionada aos produtos e serviços do metaverso cresça entre US$ 8 trilhões e US$ 13 trilhões até 2030, podendo atingir uma média de 5 bilhões de usuários.

Universo virtual de investidores brasileiros

No Brasil, é possível que os investidores acessem a ativos que tenham elementos do metaverso comprando tokens que são gerados em blockchains, como gamecoins e NFTs, ou também através de ETFs e fundos de investimentos negociados em bolsa que sigam índices (como preços destes criptoativos).

O investidor também pode investir em ETFs com índices de preços de ações de empresas no ramo dos games, que são ligadas ao metaverso. O primeiro ETF do mundo que começou a investir nos principais criptoativos do metaverso foi o NFTS11, da gestora Investo, por exemplo.

O que forma seu portfólio é um conjunto de tokens de plataformas de mídia e entretenimento que estão incluídos no índice MVIS Crypto Media & Entertainment Leaders Index.

Para quem deseja investir em ações de empresas ligadas ao metaverso e aos games, na B3 (Bolsa de Valores brasileira) existe a opção do JOGO11, ETF da Investo, referenciado no índice MVIS Global Video Gaming & eSports Index. Este índice tem referência aos preços de criptoativos, mas ao desempenho das ações das empresas com maior liquidez focadas em games e e-sports.

Como estão os criptoativos na B3?

Com foco em produtos com exposição aos criptoativos dentro do mercado regulado, desde abril de 2021, a B3 passou a oferecer o HASH11 (primeiro ETF atrelado ao preço de criptoativo a ser negociado no Brasil).

Quando foi lançado, ele ultrapassou R$ 1 bilhão de patrimônio, o que demonstra a vontade de compra dos investidores por esse ativo. Agora, passado um ano de sua estreia, esse ETF conta com mais de 149 mil investidores com posições em ETFs referenciados em criptomoedas.

Podemos listar outros ETFs referenciados com esse tipo de ativo na bolsa, como:

  • QBTC11;
  • BITH11;
  • QETH11;
  • ETHE11.

Esses ETFs de criptomoedas fecharam 2021 com um patrimônio líquido de R$ 2,9 milhões e 163 mil investidores, o que representa 6% do total de R$ 60 bilhões de custódia em ETFs disponibilizados pela bolsa.