Alinhados aos recordes históricos alcançados no trimestre anterior e que colocaram a Rede D'Or (RDOR3) no radar de muitos investidores, a companhia registrou no 3T21, novos dados recordes. Entre os destaques, estão a receita bruta, que foi de R$ 5.912,6 milhões, um aumento de 38,9% na comparação com o 3T20.

Além disso, O EBITDA da companhia alcançou R$ 1.256,4 milhões no 3T21, maior em 26,6% sobre o 3T20. Já o EBITDA Ajustado alcançou R$ 1.514,4 milhões no trimestre, o que é 33,6% acima do mesmo período do ano anterior.

O lucro líquido, por sua vez, foi de R$ 378,1 milhões, um crescimento de 8,2% sobre o 3T20. E isso considerando que no 3T21, a companhia realizou investimentos no valor total de R$ 1.725,0 milhões, sendo 63,5% direcionados ao pagamento de aquisições, 30,4% dedicados ao CAPEX de projetos em desenvolvimento e 6,1% investidos na manutenção de seus ativos.

Em 30 de setembro de 2021, a Rede D’Or ainda mantinha uma posição de caixa e disponibilidades de R$ 13.181,7 milhões. Ta bom, ou quer mais? Abaixo a gente vai trazer mais detalhes do relatório divulgado pela empresa.

Outros destaques

Até porque os destaques não param por aí. Desde outubro de 2020 a Rede D'Or adquiriu um total de 15 hospitais, que juntos somam mais de 2 mil leitos. Nessas aquisições a rede também entrou em três novos estados brasileiros.

Mas considerando apenas o 3T21, foram quatro aquisições concluídas: Nossa Senhora das Neves e Clim (PB); Proncor (MS); e Santa Emília (BA). Porém, utras três aquisições já estavam em andamento: Hospital Novo Atibaia (SP), Hospital Aeroporto (BA) e o Hospital Santa Isabel (SP).

Além dessas aquisições, a Rede D'Or possuiu outros 43 projetos, incluindo a construção de novos hospitais e expansões de unidades existentes. Dentre as obras em curso, destacam-se a nova Maternidade São Luiz Star, em São Paulo, e a expansão do Hospital Sino Brasileiro, que passa a ser chamado de São Luiz Osasco, localizado na cidade de Osasco.

Demonstrações financeiras e operacionais

Abaixo, veja a tabela de resumo das demonstrações financeiras da companhia no 3T21:

Créditos: Reprodução/Rede D
Créditos: Reprodução/Rede D'Or

Como dito mais acima, a receita bruta da companhia no 3T21 foi de mais de R$ 5,9 milhões esse dado é composto pelo segmento "Hospitais e outros serviços", que presentou 92% da receita do trimestre somando R$ 5,4 milhões, e pelo segmento "Oncologia (infusões)", que compreendeu os 8% restantes da receita com um total de R$ 473,2 mil.

No período, a taxa de ocupação de leitos hospitalares da companhia atingiu 78,4%, 340p.b. acima da ocupação registrada no 3T20 e 165 p.b. superiores do que no 3T19. E por falar em leitos, a rede terminou o 3T21 com um total de 10,098 leitos, 22,9% acima do que o número do 3T20.

Em termos de atendimento, a Rede D'Or registrou 625,2 mil diárias de internação, um aumento de 31,7% na comparação com o 3T20 e em linha com o trimestre anterior. Além disso, foram realizadas 51,1 mil infusões medicamentais em suas unidades próprias de tratamento oncológico, além de outras 3,7 mil infusões oncológicas em clínicas investidas pela companhia.

O ticket médio, calculado a partir da receita bruta de hospitais e outros, e do número de pacientes-dia, aumentou 6,2% no 3T21. Em relação ao 2T21, o ticket médio se manteve estável, aumentando 0,8%. Ele ficou, no 3T21, em cerca de R$ 8.700 mil.

No 3T21, o EBITDA atingiu R$ 1.256,4 milhões, registrando crescimento de 26,6% frente ao 3T20 e renovando o recorde trimestral. No acumulado do ano, o EBITDA alcançou a marca de R$ 3.635,5 milhões, com crescimento de 148,3% frente ao mesmo período do ano passado.

"A manutenção dos fortes resultados segue evidenciando a capacidade de planejamento e execução da Companhia e o sucesso dos esforços de expansão, que possibilitaram aumento de mais de 1.800 leitos operacionais frente ao 3T20. Adicionalmente, o crescimento no volume de pacientes, a manutenção de níveis saudáveis de taxa de ocupação e o expressivo aumento dos procedimentos cirúrgicos no 3T21 contribuíram para o EBITDA da Companhia", disse a companhia no relatório.

Como resultado, a margem EBITDA atingiu 23,8% no acumulado do ano, apresentando forte recuperação frente ao ano passado, quando o resultado foi pressionado em maior intensidade pela pandemia da covid-19. No 3T21, a margem EBITDA foi de 23,7%, permanecendo praticamente estável (-0,2 p.p.) frente ao trimestre imediatamente anterior.

O resultado financeiro encerrou o 3T21 com saldo negativo de R$ 453,5 milhões (+77,2% vs. 3T20), enquanto no acumulado do ano o saldo foi negativo em R$ 1.172,7 milhões (+44,9% vs. 9M20). "A piora no resultado financeiro está relacionada a maiores despesas financeiras, acompanhando o aumento do endividamento médio para financiar o plano de expansão da Companhia e a elevação das taxas de juros do país, em especial, o CDI", justificou.

No acumulado do ano, o lucro líquido da Companhia atingiu R$ 1.258,3 milhões, superando em cerca de 8x o registrado no mesmo período de 2020. No trimestre, o lucro líquido foi de R$ 378,1 milhões, com alta de 8,2% em relação ao 3T20. Em relação ao trimestre imediatamente anterior, o lucro líquido recuou 20,9% pressionado pelo aumento das despesas financeiras e o impacto de R$ 74,3 milhões referente a custos associados a liquidação parcial antecipada de título de dívida emitido no exterior (Senior Notes II).

Desempenho das ações RDOR3

A ação da Rede D’Or São Luiz (RDOR3) encerrou o terceiro trimestre de 2021 cotada a R$ 67,91, registrando uma valorização de 19,6% desde o IPO (ajustada por dividendos), em comparação a queda de 1,5% do índice IBOV no mesmo período.

O volume médio diário negociado no 3T21 foi de R$ 293,9 milhões (equivalente à USD 56,2 milhões), enquanto a média diária de negócios foi de 13.023.

A RDOR3 está listada em 110 índices, incluindo o IBOV, IBrX-100 e diversos índices pertencentes aos grupos FTSE, MSCI e S&P.

- Veja na íntegra o relatório da Rede Dor do 3T21.