A Romi (ROMI3) registrou um lucro líquido de R$ 30,504 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), sendo uma alta de 47% em relação ao mesmo período de 2021, conforme mostra o relatório de resultados divulgado na terça-feira, 26 de abril, em meio à atual temporada das empresas da Bolsa de Valores de São Paulo (B3).

Segundo o balanço, entretanto, o resultado líquido da Romi no trimestre apresentou uma queda de 44,3% quando comparado com o quarto trimestre de 2021 (4T21), quando o lucro líquido atingiu R$ 54,739 milhões.

No 1º trimestre do ano (1T22), a Romi registrou receita operacional líquida de R$ 285,335 milhões, sendo uma alta de 28,2% frente ao 1T21 e recuo de 35,6% em relação ao último trimestre de 2021. Segundo o relatório, o mercado interno foi responsável por 80% da receita consolidada da Romi no 1T22, ante 81% no 1T21.

A Romi é considerada líder no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos industriais, bem como é uma das principais fabricantes de peças fundidas e usinadas do país. Veja abaixo os destaques dos resultados da companhia no 1T22.

Destaques dos resultados da Romi (ROMI3) no 1T22

No 1º trimestre do ano (1T22), a carteira de pedidos apresentou um crescimento de 14,1% em comparação com o mesmo período de 2021 para R$ 791,346 milhões. Segundo a Romi, o desempenho positivo está relacionado ao volume de negócios de Máquinas Romi e Fundidos & Usinados, no mercado doméstico e externo, sendo que este demonstrou importante recuperação desde o ano de 2021.

Os segmentos de máquinas Romi e das peças fundidas e usinadas apresentaram altas de 1,5% e 76%, respectivamente, na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Por sua vez, a subsidiária alemã B+W - de máquinas Burkhardt+Weber - continuou obtendo novos pedidos em 2022, segundo o relatório, cuja carteira de pedidos apresentou crescimento de 30,6% quando comparado ao trimestre anterior (4T21), apesar de uma queda de 24,4% na linha anual.

O ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Romi chegou a R$ 40,059 milhões no 1º trimestre de 2022, sendo uma alta de 13,1% frente ao mesmo período de 2021, mas recuo de 53% em relação ao trimestre anterior, como pode ser visto na tabela abaixo:

Créditos: Reprodução/RI Romi.
Créditos: Reprodução/RI Romi.

A Romi fechou o 1T22 com um total de financiamentos de R$ 227,9 milhões, sendo R$ 61,9 milhões com vencimento em até 12 meses. Do total, R$ 165,9 milhões são relativos a financiamentos em moeda estrangeira. "Os empréstimos da Companhia destinam-se, basicamente, a investimentos na modernização do parque fabril, à pesquisa e ao desenvolvimento de novos produtos e a financiamentos de exportação e importação", explica a companhia.

Em 31 de março de 2022, a Romi possuía registrado como caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras um montante positivo de R$ 154,8 milhões.

Romi (ROMI3) pagará dividendos em maio

Ainda no 1T22, em 15 de março desse ano a Romi (ROMI3) anunciou um pagamento de R$ 12,466 milhões em forma de Juros sobre o Capital Próprio (JCP ou JSCP), cujos recursos serão imputados aos dividendos obrigatórios do exercício de 2022.

O pagamento por ação será de R$ 0,17, sendo que terá direito aos proventos quem se manteve como acionista da Romi até o dia 21 de março desse ano que foi a data de corte. Após a cobrança de imposto de renda na fonte prevista em lei, os JCP líquidos serão de R$ 0,1445 por ação, a serem pagos no dia 18 de maio.