Uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontou um dado preocupante. Em suma, o estudo mensal apontou que o salário mínimo em maio, deveria ter sido de R$ 6,5 mil.

Ou seja, muito além dos atuais R$ 1.212. O valor é 5 vezes maior do que o salário mínimo atual. Para realizar o cálculo, o Dieese considera os gastos básicos de uma família brasileira. Tais como alimentação, moradia, saúde e educação.

Abaixo, confira os principais destaque desse estudo da Dieese sobre o salário mínimo.

Dinheiro pra comprar o básico

Em suma, o cálculo do Dieese mostrou que o valor mínimo para sustentar uma família de 4 pessoas, durante o mês de maio deste ano. Dentre os itens pesquisados pelo Departamento, está o preço da cesta básica.

Apenas por esse indicativo, o brasileiro está muito abaixo do ideal. Em suma, é cada vez mais comum encontrar famílias que não têm condições de pagar o básico, como o tradicional feijão com arroz.

De acordo com o levantamento, a cesta básica mais em conta no Brasil, foi encontrada em Aracaju. O valor da mesma ficou em R$ 548,38. Ou seja, cerca de 49% do atual salário mínimo, segundo o Dieese, fica comprometido somente com a compra dos alimentos básicos.

Já em São Paulo, o resultado é ainda pior. Em torno de 71,71% do salário se destina para a compra essencial do mês. Em suma, SP tem a cesta básica mais cara de todo o Brasil, custando R$ 803,99.

Ademais, vale ressaltar que o levantamento do Dieese é feito todos os meses, desde 1994. Em janeiro deste ano, por exemplo, o salário mínimo ideal seria de R$ 5.997,14. Desde então, o valor mais alto foi registrado em abril deste ano, sendo de R$ 6.754,33.

Por fim, a cada nova pesquisa, é possível notar que o brasileiro está perdendo o seu poder de compra, inclusive sobre os itens mais básicos e essenciais. E a razão disso é a inflação, com a alta nos alimentos, combustíveis e tantos itens essenciais que envolvem toda a cadeia.