A Schulz (SHUL3 e SHUL4) explicou por documento divulgado em 21 de junho que um acionista minoritário vendeu algumas ações ordinárias (ON) da empresa para "terceiros dispostos a adquirir poucas ações", o que justifica as fortes oscilações nos papéis da empresa no dia 17 deste mês. O atual disparo nas ações - que não eram negociadas desde 2016 - já ultrapassa os 2.000%, intrigando quem vê o histórico de cotação.

Conforme foi exposto por solicitação da bolsa de valores brasileira (B3), no dia 17 de junho deste ano as ações do tipo ON da Schulz abriram o pregão cotadas a R$ 23,04 e durante o dia houve um pico de R$ 65,01. Com isso, o papel registrou uma forte valorização de 1.592,81% até por volta das 16h15min. Seguindo em alta, no pregão de 21 de junho a ação atingiu uma marca de R$ 112,01.

Também segundo o documento da B3, foi negociada ao todo uma quantidade de 1.800 ações ordinárias da Schulz em 17 de junho, equivalente a um volume de R$ 47.866,00.

Sem detalhar a venda das ações ordinárias pelo acionista minoritário - cujo nome não foi mencionado -, a Schulz adicionou que "após inquirir os administradores e acionistas controladores, bem como todas as demais pessoas com acesso a atos ou fatos relevantes, não constatou informações e/ou movimentações extraordinárias ou informações que deveriam ser divulgadas ao mercado".

A Schulz S.A tem entre seus acionistas um grupo sólido e experiente nos setores automotivo e industrial, diz a empresa em seu site. - Foto: RI/Schulz.
"A Schulz S.A tem entre seus acionistas um grupo sólido e experiente nos setores automotivo e industrial", diz a empresa em seu site. - Foto: RI/Schulz.

- Veja o comunicado da Schulz que esclarece a valorização atípica das ações na íntegra.

Schulz (SHUL4) lucra R$ 27,4 mi no 1T21

A Schulz registrou um lucro líquido de R$ 27,405 milhões no primeiro trimestre de 2021 (1T21), um crescimento frente aos R$ 15,592 milhões obtidos no mesmo período de 2020.

Nessa mesma comparação, a Receita de Venda de Bens e/ou Serviços cresceu de R$ 234,27 milhões para R$ 369,593 milhões no primeiro trimestre de 2021, segundo as demonstrações financeiras divulgadas. Por sua vez, as despesas operacionais da empresa também tiveram uma alta, de R$ 31,9 mi para R$ 33,2 milhões.