A demanda das pessoas físicas pela utilização do dinheiro do FGTS para a compra de ações da Eletrobras no processo de privatização fico em cerca de R$ 8,8 bilhões, conforme fontes do mercado.

Até o momento, os números ainda seguem sendo fechados pelos bancos e devem compor a capitalização da Eletrobras, oferta de ações que a tornará a empresa privada.

Ao todo, mais de 350 mil trabalhadores fizeram a solicitação. Com isso, a demanda pelo uso do FGTS ficou acima do teto de R$ 6 bilhões que a Eletrobras estipulou. Dessa forma, haverá um rateio entre os investidores. Abaixo, entenda todos os detalhes.

Como vai funcionar o rateio?

De acordo com o prospecto da capitalização, deve acontecer um rateio proporcional das ações entre os investidores. Isso claro, considerando o pedido de reserva de cada um, já que a demanda superou a oferta.

O limite de R$ 6 bilhões também inclui os trabalhadores que migraram o FGTS de ações da Petrobras e Vale. Foi possibilitado reservar até 50% do saldo do FGTS para investir no Fundo Mútuo de Privatização. A partir do rateio, os valores depositados em excesso devem ser devolvidos ao FGTS, sem qualquer remuneração.

Conforme a Caixa Econômica Federal, 11 instituições financeiras se cadastraram para participar da operação com o FGTS. E no total, foram 24 fundos de investimentos. Dentre as instituições habilitadas, é possível citar o Banco do Brasil, Caixa, Itaú-Unibanco, Daycoval, Bradesco, BTG Pactual, Banco do Nordeste, Safra, Santander, XP Investimento e Genial Investimento.

Ademais, a reserva de ações da Eletrobras marca o começo do processo de privatização da maior companhia elétrica da América Latina. ​Além disso, o valor de cada ação comprada deve ser divulgado nesta quinta-feira (09), segundo o cronograma oficial. Inclusive, ele deve ser definido de acordo com o interesse dos investidores.

Por fim, nesta sexta-feira (10), há o início da negociação dos ADRS (American Depositary Receipts) da Eletrobras na Bolsa de Nova York, nos Estados Unidos. Os mesmos foram emitidos no âmbito do processo de privatização, conforme o calendário da empresa de energia.