A holding Itaúsa (ITSA4) divulgou na segunda-feira (7) por fato relevante que seu Conselho de Administração liberou um pagamento de Juros sobre Capital Próprio (JCP) para quem tiver as ações da empresa até o dia 10 de dezembro de 2020.

Cada ação pagará o valor bruto de R$ 0,10. Entretanto, após a retenção de 15% do imposto de renda na fonte, a Itaúsa vai pagar o valor líquido de R$ 0,086 por ação nessa distribuição de JCP, "excetuados dessa retenção os acionistas pessoas jurídicas comprovadamente imunes ou isentos", disse a holding.

Segundo o fato relevante divulgado, os recursos serão pagos aos acionistas até o dia 30 de abril de 2021. A data-com é 10 de dezembro, passando para ex-direitos em 11 de dezembro.

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Dividendos

Quem era acionista da Itaúsa até o dia 17 de agosto deste ano teve direito ainda a dividendos no valor de R$ 0,02 por ação. Conforme o fato relevante divulgado na época, o pagamento dos recursos foi feito em 26 de agosto.

Ao todo, foram distribuídos R$ 168,2 milhões aos sócios da holding, que controla marcas como banco Itaú, Duratex, Alpargatas e NTS.

Terceiro trimestre de Itaúsa

A Itaúsa obteve um lucro líquido recorrente de R$ 2 bilhões no terceiro trimestre de 2020 (3T20), o que é uma retração de 21% em relação ao resultado registrado nessa fase do ano anterior. Assim como explicou a holding, a queda foi impactada principalmente pelo "resultado de equivalência patrimonial recorrente do Itaú Unibanco que retraiu ~23% no período, em função de maior despesa com Perdas Esperadas com Operações de Crédito relacionadas à alteração do cenário macroeconômico".

O lucro acumulado nos nove primeiros meses de 2020 foi de R$ 4,5 bilhões ante R$ 7,2 bilhões registrados nesse período de 2019.

- Leia mais sobre o 3T20 da Itaúsa

No fim do 3T20, a ação preferencial da Itaúsa, a ITSA4, apresentava queda de 9,7%, custando R$ 8,80. Após a divulgação do pagamento de JCP neste mês de dezembro, as ações estavam sendo cotadas a R$ 11,26 com leve alta de 0,45% no fim do dia 7.

Cade aprova venda da Liquigás

Em 18 de novembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) aprovou a venda da subsidiária de distribuição de gás de cozinha da Petrobras, Liquigás, para o consórcio formado por Itaúsa (ITSA4), Copagaz, Nacional Gás Butano (NGB) e Fogás num acordo que tramitava desde 2019 avaliado em R$ 3,7 bilhões.

Com a assinatura do contrato, a Copagaz tornou-se a nova controladora da Liquigás ao lado da Itaúsa, que passa a ter de 45% a 49,99% do capital social e votante da Copagaz. Conforme foi anunciado, as demais integrantes do grupo (NBG e Fogás) participam da negociação para solucionar possíveis eventos com as concorrentes de alguns estados brasileiros.