IPO da Infracommerce (IFCM3) pode levantar R$ 1,9 bilhão

A plataforma de comércio eletrônico Infracommerce CXAAS recebeu autorização para dar continuidade em sua oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Segundo o documento divulgado, o esperado é que a empresa faça a operação nas próximas semanas e entre para a bolsa de valores brasileira em 29 de abril com a ação IFCM3 no segmento novo mercado.

Segundo o prospecto divulgado, o período de reserva das ações da Infracommerce no IPO começou em 13 de abril e vai terminar no dia 26 do mesmo mês.

IPO da Infracommerce (IFCM3) abre reservas

Conforme o documento, a oferta base do IPO é formada por uma distribuição primária de até 50 milhões de ações de emissão da Infracommerce e uma distribuição secundária de até 29,2 milhões de ações dos acionistas vendedores. Além disso, caso haja mais procura, também poderão ser negociados lotes adicional e suplementar que passam de 15 milhões de papéis.

A faixa indicativa para as ações ficou entre R$ 22 a R$ 28, o que gera um preço médio de R$ 25 por ação. Se essa expectativa for alcançada, e caso haja procura pela oferta base, o IPO da Infracommerce pode levantar R$ 1,981 bilhão, sem considerar os lotes extras.

Segundo o atual cronograma do IPO, a fixação preço por ação será realizada em 27 de abril para, desta forma, a estreia na B3 ocorrer no dia 29.

A expectativa é trazer uma quantia líquida de R$ 1,1 bilhão para o caixa da empresa após o IPO, sendo que esses recursos serão usados para "potenciais aquisições estratégicas a fim de expandir a oferta tecnológica e logística da companhia; investimentos em capex, pesquisa e desenvolvimento e despesas comerciais visando acelerar o seu crescimento orgânico; e para pagamento de dívida", disse a Infracommerce.

O IPO da empresa está sendo organizado pelas instituições Itaú BBA, BTG Pactual, Goldman Sachs e Morgan Stanley.

Sobre a Infracommerce

Sediada na capital paulista, a Infracommerce é uma empresa que presta serviços digitais para lojas online, eleita pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABCOMM) como a melhor empresa de soluções digitais para e-commerce do Brasil em nível de serviço em 2020.

"Fomos fundados no Brasil e atualmente temos operações no México, Colômbia, Chile e Argentina. No exercício social findo em 31 de dezembro de 2020, registramos uma receita líquida de R$ 236 milhões e originamos R$ 4,6 bilhões em gross merchandise volume (GMV) para nossos clientes, além de um crescimento anual composto de 53% em receita líquida e 56% em GMV, entre 2018 e 2020". disse a empresa.

Em meio ao êxito das lojas online durante a pandemia, a receita líquida da empresa saltou 71% frente a 2019. De outro lado, apesar de registrar prejuízo nos últimos três anos, as perdas entre 2019 e 2020 caiu para R$ 2,3 milhões, como pode ser visto na tabela abaixo: