A bandeira tarifária de energia elétrica do mês de agosto de 2021 seguirá sendo a vermelha, patamar 2, disse a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) no fim da última semana. Com isso, a cada 100kWh consumidos, os brasileiros vão pagar R$ 9,492. Essa é a tarifa de energia mais cara atualmente.

De acordo com a Aneel, em julho as afluências nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN) continuaram entre as mais críticas da história do país e agosto inicia com a mesma perspectiva hidrológica, com os principais reservatórios do SIN em níveis consideravelmente baixos para essa época do ano.

Acionamento das termelétricas

"Essa conjuntura sinaliza horizonte com reduzida capacidade de produção hidrelétrica e necessidade de acionamento máximo dos recursos termelétricos", disse a agência.

O acionamento das termelétricas torna a produção de energia mais cara, "pressionando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF) e o preço da energia no mercado de curto de prazo (PLD)". O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.

Sistema de bandeiras tarifárias

Criado pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

Com as bandeiras, a Aneel destaca que conta de luz ficou mais transparente e o consumidor tem a melhor informação, para usar a energia elétrica de forma mais eficiente, sem desperdícios.

Aliás, com a manutenção da bandeira vermelha em seu maior patamar é importante que os consumidores adotem (caso ainda não tenham adotado) medidas para consumir de forma mais consciente. O bolso agradece e a natureza também.