A Aura Minerals, negociada na bolsa de valores brasileira por meio dos BDRs AURA33, atualizou suas metas de produção para o período de 2022-2024 e divulgou nessa semana essa projeção preliminar. Segundo a mineradora, o objetivo para 2024 continua sendo o de ultrapassar as 400 mil onças equivalentes a ouro (GEO).

"Projetamos em 2021, um aumento próximo ou superior a 30% para a produção em relação a 2020, demonstrando a consistência e solidez do nosso plano para mais do que dobrarmos essa meta até 2024. Almas deve iniciar a produção no começo de 2023, e estamos trabalhando para otimizar o desempenho das nossas operações e continuar crescendo em 2022. Por fim, publicamos recentemente a PEA (Avaliação Econômica Preliminar) de Matupa, que está começando os processos de licenciamento e engenharia, com o objetivo de iniciar sua construção em 2023", comentou Rodrigo Barbosa, Presidente e CEO da Aura.

A administração definiu uma meta de produção de 400.000 a 480.000 onças equivalentes a ouro ("GEO")1 para a produção anualizada em 2024, conforme ilustrado no gráfico abaixo:

Créditos: Divulgação/Aura Minerals
Créditos: Divulgação/Aura Minerals

Projeção para 2022

Para 2022, a Companhia estima uma produção de 265.000 - 300.000 GEO, o que representa uma redução em comparação à meta anteriormente indicada de 285.000 - 330.000 GEO conforme anunciado em um fato relevante publicado em 15 de janeiro de 2021.

Segundo a companhia, esta redução deve-se principalmente ao ligeiro atraso no desenvolvimento do projeto Almas, conforme previamente anunciado ao mercado, e que agora deve iniciar sua produção no início de 2023, e à decisão anteriormente divulgada pela Companhia de interromper os investimentos na mina de Gold Road.

No entanto, a empresa foi capaz de compensar parcialmente essas reduções devido à expectativa de melhor desempenho em Aranzazu e San Andrés. A Companhia comenta abaixo sobre sua projeção de produção para 2022:

  • Espera-se que a mina de ouro de San Andres continue apresentando forte desempenho, à medida que continuemos implementando melhoriais graduais na gestão, alcançando teores melhores, relação estério-minério mais favorável, e melhorias de desempenho em geral na mina e na planta;
  • Espera-se que a mina Ernesto/Pau-a-Pique aumente a produção em comparação com 2021 devido aos teores mais altos da mina de Ernesto. Apesar da produção inferior à esperada anteriormente desta mina em 2021 e 2022, a Companhia obteve sucesso em aumentar o total de onças em Ernesto, o que deve levar a um impacto positivo na produção de EPP em 2023;
  • Aranzazu deverá consolidar seu aumento de produção, operando um ano completo com nova capacidade de cerca de 100 mil toneladas/mês;
  • O Projeto Almas, inicialmente previsto para iniciar produção no quarto trimestre de 2022, agora deve iniciar a produção durante o primeiro trimestre de 2023, devido a atrasos nas negociações com o proprietário da superfície do projeto. Embora o atraso do projeto tenha um leve impacto negativo em relação à Estimativa de Produção Anterior para 2022, as negociações com o estado do Tocantins avançaram e a Companhia espera agora iniciar a construção no final de 2021;
  • Gold Road, conforme anunciado anteriormente, não será mais foco de investimentos da Companhia. Portanto, não se espera nenhuma onça produzida por Gold Road em 2022, com impacto negativo em relação à Estimativa de Produção Anterior para 2022. No entanto, espera-se impacto positivo no custo de caixa consolidado da Aura, EBITDA e fluxos de caixa, em comparação com 2021;

Avanços importantes em Matupá e Almas

Para 2024, a meta de produção anualizada consolidada da companhia foi definida entre 400.000 e 480.000 onças, majoritariamente em linha com o fato relevante de janeiro de 2021, uma vez que a maior parte do crescimento deve vir dos projetos de Matupá e Almas, enquanto a Gold Road teria uma contribuição marginal para o alcance das metas da administração.

Porém, segundo a empresa, é important destacar que desde esse fato relevante publicado em janeiro, avanços importantes foram feitos nos projetos de Almas e Matupá, confirmando as expectativas de produção da administração para ambos os ativos.

Por meio do "Relatório Técnico do Estudo de Viabilidade Atualizado (NI43-101) para o Projeto Ouro de Almas, Município de Almas, Tocantins, Brasil", divulgado em março de 2021, foram confirmada, por exemplo, as expectativas iniciais de uma produção média anual de 51 mil onças de ouro no Projeto Almas.

Além disso, no dia 8 de novembro de 2021, a companhia também anunciou os resultados de uma Avaliação Econômica Preliminar para seu Projeto Ouro de Matupá e Estimativa de Recursos Minerais Atualizada para o Depósito X1 de Matupá e entre outras conclusões a que se chegou, está a de que será possível uma produção de 60 mil onças de ouro durante os três anos de operação em Matupá.

Sobre a Aura 360°

A Aura é focada na mineração em termos completos - pensando de forma holística sobre como seus negócios impactam e beneficiam cada um de seus stakeholders: a companhia, os acionistas, os funcionários e os países e comunidades atendidos. É o que a empresa chama de Mineração 360°.

Aura é uma empresa focada no desenvolvimento e operação de projetos de ouro e metais básicos nas Américas. Os ativos produtores da companhia incluem a mina de ouro de San Andres em Honduras, a mina de ouro Ernesto/Pau-a-Pique no Brasil, a mina de cobre, ouro e prata de Aranzazu no México e a mina de ouro de Gold Road nos Estados Unidos.

Além disso, a companhia possui mais dois projetos de ouro no Brasil, Almas e Matupá, e um projeto de ouro na Colômbia, Tolda Fria.