A BR Properties (BRPR3), dona de 32 imóveis comerciais, apresentou os seus resultados financeiros referente ao 1º trimestre de 2022 (1T22). Em suma, a companhia teve um prejuízo líquido de R$ 30,712 milhões no período.

A partir disso, foi possível constatar uma reversão perante o mesmo período de 2021. Na ocasião, a companhia alcançou um lucro de R$ 13,426 milhões. O que influenciou de forma negativa no resultado, foi a alta das despesas financeiras, que ocorreram devido a alta dos juros no Brasil.

Além disso, a companhia sofreu o impacto negativo da alta das despesas com a vacância dos imóveis. Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 1T22.

Resultados financeiros da BR Properties

Durante o primeiro trimestre de 2022, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 54,136 milhões. Ou seja, houve uma baixa de 11% na mesma base de comparação anual.

Enquanto isso, a margem Ebitda ajustado reduziu 9 pontos porcentuais, para 65%. Já a receita líquida chegou a um total de R$ 83,090 milhões. Ou seja, houve uma alta de 1%.

Ao tomar como base as mesmas propriedades na comparação anual, o Ebitda ajustado diminuiu somente 1%. Por outro lado, a receita aumentou 10%.

Ao mesmo tempo, as despesas gerais e administrativas chegaram a R$ 30,980 milhões, o que aponta um crescimento de 31%. Já as despesas com vacância dos imóveis apresentaram uma alta de 64%, para R$ 15,748 milhões.

Por outro lado, o resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) ficou negativo em R$ 54,959 milhões. Assim, o índice apontou uma piora de 219%.

Já o custo médio efetivo nominal da dívida chegou a 14,3% (CDI + 2,4%) no primeiro trimestre. A partir disso, se constatou um aumento de 9,5 pontos porcentuais na comparação anual.

A dívida líquida da BR Properties aumentou 4% na passagem do quatro trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022. E assim, chegou a R$ 2,135 bilhões. Enquanto isso, o dinheiro em caixa diminuiu 11%, para R$ 844,304 milhões.

Enquanto isso, há R$ 393 milhões de dívidas com vencimentos em 2022 e R$ 567 milhões em 2023. Já a alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda) aumentou de 9,0x para 9,7x.

Por fim, a alta da alavancagem tem relação com a compra do Complexo Parque da Cidade por R$ 1,5 bilhão, e do Galpão Centauri por R$ 156,5 milhões, ao longo de 2021. Ademais, ocorreram os desembolsos com o projeto de galpões logísticos em Cajamar.