Após divulgar que uma possível vacina para o novo coronavírus (covid-19) está em fase avançada de testes, investidores ficaram eufóricos e fizeram as ações do laboratório Moderna (NASDAQ: MRNA) com sede em Cambridge, Massachusetts (EUA) dispararem 29% na abertura do mercado norte-americano nesta segunda-feira. Agora, por volta das 14h, as ações ainda acumulam uma alta de 25%, negociadas a U$$ 83, comparado ao fechamento da última sexta, 15 de maio, quando os papeis valiam U$$ 66.

A vacina, chamada de mRNA-1273, foi desenvolvida pela Moderna em colaboração com pesquisadores de Centro de Pesquisa de Vacinas (VRC) do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos Estados Unidos. A empresa de biotecnologia anunciou hoje que dados positivos do mRNA-1273 contra o novo coronavírus (SARS CoV-2) foram confirmados.

A vacina mRNA-1273

A melhora na imunogenicidade causada pela vacina foi observada em vários níveis de dose contra a Covid-19 e ela já foi testada em ratos. Até o momento, os efeitos colaterais mais notáveis ​​foram observados apenas na dose mais alta da vacina, com efeitos leves (vermelhidão no local). Todos os eventos adversos foram transitórios e com auto-resolução. Não foram relatados eventos adversos graves.

A mRNA-1273 foi capaz de impedit a replicação viral nos pulmões de animais com a Covid-19. O estudo da fase 3 em humanos deve começar no dia 3 de julho, sujeito à finalização do protocolo do ensaio clínico.

O Diretor Médico do laboratório, Dr. Tal Zaks, disse que "dados provisórios da Fase 1, ainda que precoces, demonstram que a vacinação com o mRNA-1273 provoca uma resposta imune causada pela infecção e que o sucesso na prevenção da replicação viral nos pulmões em uma única dose provocou níveis semelhantes de anticorpos neutralizantes. Assim, esses dados confirmam que o mRNA-1273 tem o potencial de prevenir a doença de COVID-19".

Stéphane Bancel, executivo-chefe da Moderna citou ainda que: "Estamos investindo para ampliar a fabricação, a fim de maximizar o número de doses que podemos produzir para ajudar a proteger o maior número possível de pessoas da SARS-CoV-2".

A Moderna realizará uma teleconferência ao vivo nesta Segunda-feira, 18 de maio, para apresentar os resultados da pesquisa. O laboratório tem ainda pesquisas avançadas contra o citomegalovírus (mRNA-1647), e também contra o zika (mRNA-1893) e a Gripe H7N9.