Sancionada recentemente pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a desestatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) deu mais um passo na direção de sua Oferta Pública de Ações (IPO) nessa terça-feira, 28 de setembro: ela assinou contrato com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a fim de que ele coordene o processo.

O papel do BNDES

De acordo com comunicado divulgado pela Corsan, além da atuação com a companhia, o BNDES será assessor direto do acionista controlador, que ainda é o Estado do Rio Grande do Sul, acompanhando todas as etapas necessárias para a execução do processo de IPO e apoiando as tomadas de decisão, com transparência e critérios técnicos.

IPO deve ser concluído até fevereiro

A companhia disse ainda trabalha com o objetivo de concluir o seu IPO na primeira semana de fevereiro de 2022. Após a oferta, o Estado do RS indica que restará com participação de cerca de 30% no capital; transferindo, portanto, o controle acionário para agentes privados.

Os recursos obtidos com a oferta primária, de pelo menos R$ 1 bilhão, serão destinados principalmente a obras e investimentos para universalização da coleta e do tratamento de esgoto no RS.

Veja na íntegra o comunicado divulgado pela Corsan nessa terça-feira, dia 28.

Sobre a Corsan

Criada em dezembro de 1965 e fundada em março de 1966, a Companhia Riograndense de Saneamento surgiu para enfrentar o desafio de proporcionar ao Rio Grande do Sul e a sua população uma melhor qualidade de vida.

Havia já há algumas décadas a preocupação de padronizar os serviços e as estruturas de fornecimento de água e de recolhimento de esgoto e o crescimento das cidades aumentou ainda mais essa preocupação, levando o Governo do Estado a optar pela criação de uma empresa estatal para essa área.

Atualmente, a Corsan abastece cerca de 6 milhões de gaúchos. Isto representa 2/3 da população do Estado, distribuídos em 316 municípios. Ela conta com cerca de 5 mil colaboradores e registra um faturamento média anual de R$ 2,49 bilhão (segundo dados de 2017).