A construtora e incorporadora Direcional Engenharia (DIRR3), que opera no Casa Verde e Amarela (CVA) e no mercado de médio padrão, apresentou os seus resultados financeiros sobre o primeiro trimestre de 2022 (1T22). A apresentação do relatório aconteceu na última segunda-feira (09).

Em suma, a companhia alcançou um lucro líquido ajustado de R$ 35,632 milhões. A partir disso, foi possível constatar que houve uma alta de 31,5% em relação ao mesmo período de 2021.

Abaixo, confira os principais destaques da companhia durante o 1T22.

Resultados financeiros da Direcional Engenharia

Durante o 1T22, o Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado chegou a R$ 97,033 milhões. Ou seja, houve uma alta de 24,7% na mesma base de comparação.

Enquanto isso, a margem Ebitda aumentou 1,9 ponto porcentual, para 20,7%. Em suma, os indicadores no critério "ajustado" excluem o swap de ações de emissão da Direcional (impacto negativo de R$ 5 milhões). Além disso, ocorreram despesas decorrentes da operação de venda de carteira no valor de R$ 3 milhões.

Ao mesmo tempo, a receita líquida somou R$ 468,094 milhões. Ou seja, houve um crescimento de 13,1%. Além disso, a companhia também reportou uma margem bruta estável na comparação anual, em 35,7%.

A melhora nos resultados da Direcional se associam ao crescimento dos lançamentos e das vendas de imóveis nos últimos trimestres. Ou seja, houve uma elevação na receita e diluição de despesas.

Ademais, a companhia disse em sua apresentação de resultados, que estima um "um cenário propício". O mesmo deve atingir novos crescimentos da receita. Ela também citou que tem aumentado, de forma gradual, o preço dos imóveis e ajustado o mix de produtos - com a maior participação de projetos da marca Riva, de médio padrão.

A Direcional também disse que há uma gestão cuidadosa da compra de insumos, e acompanhamento orçamentário de todas as obras em andamento. Enquanto isso, as despesas gerais e administrativas aumentaram 16%, para R$ 35 milhões.

Na avaliação como porcentual da receita bruta, as despesas aumentaram de 6,9% para 7,2%. Já as despesas comerciais aumentaram 5%, para R$ 45 milhões. E na avaliação como percentual das vendas líquidas reduziram de 8,3% para 7,2%.

Por outro lado, o resultado financeiro apresentou um valor líquido negativo de R$ 26 milhões. E assim, a Direcional terminou o 1º trimestre com R$ 1,060 em caixa. Ou seja, houve um aumento de 8,7% na comparação anual. E a dívida líquida aumentou 125%, para R$ 230,696 milhões.

Assim, a alavancagem cresceu 7,7 pontos porcentuais, para 15,4%. Também houve o consumo de caixa no valor de R$ 34 milhões. O resultado se atribui ao crescimento das operações e à gestão dos estoques de insumos para driblar as altas de preços.