As expectativas para o futuro pós-pandemia estão melhorando aos poucos. Agora, o Boletim Focus do Banco Central, publicado em 3 de agosto, prevê queda de -5,66% do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2020. Antes disso, no dia 27, a desvalorização prevista era de -5,77%. No relatório de 13 de julho a queda prevista era de -6,1%; e há cerca de um mês de -6,5%.

As conclusões do Boletim Focus são tiradas a partir da análise de expectativas do mercado financeiro. Já há certa melhoria nas estatísticas referentes à produção brasileira.

Para o ano de 2021, as previsões continuam a ilustrar o PIB em +3,5%. Após isso, poderá haver uma alteração fazendo com que o Produto Interno Bruto fique nos 2,5% durante os próximos dois anos.

Vale dizer que a dívida do setor público está estimada em 67,5% do PIB de 2020; há um mês, no entanto, essa previsão era de 67,1%.

IPCA de 2020 volta aos 1,63%

Conforme indica essa edição do Boletim Focus, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, deverá fechar o ano em 1,63%; o mesmo previsto há um mês. A redução no IPCA é verificada frente à última projeção de 1,67% feita há cerca de uma semana.

Já no ano que vem, o índice de inflação deverá atingir os 3%, segundo as expectativas do mercado.

O IPCA é um importante recurso aferido mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e usado pelo governo como referência para as metas de inflação, servindo também como base a alterações nas taxas de juros.

Taxa básica de juros (Selic) fica em 2%

Os diretores do mercado financeiro preveem que a Selic, nossa taxa básica de juros, deverá cair até o fim de 2020, ficando em 2% ao ano. Atualmente ela se encontra em 2,25% conforme determinado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em reunião realizada no dia 17 de junho deste ano; sendo que o próximo encontro para discussão está marcado para esta terça-feira, 4 de agosto.

Já em 2021, a taxa Selic deverá estar em 3% ao ano; com previsão de valorização para 2022 e 2023, quando ficará em 5% e 6%, respectivamente.

Outras previsões para 2020:

  • Produção industrial deverá ter redução de -7,92%;
  • Investimentos diretos no país devem reduzir em US$ 53,75 bilhões;
  • Taxa de câmbio tem cotação prevista de R$ 5,20 (e R$ 5 em 2021);
  • Balança comercial poderá apresentar estabilidade neste ano, ficando em US$ 55 bilhões.

- Veja o Boletim Focus na íntegra

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