2022. Mais um ano de eleições está aí. E aos poucos é hora de começar a conhecer os candidatos e as propostas de cada um deles para cada área, preparando-se para escolher o político a quem daremos nossa confiança
Pois será necessário apresentar essa escolha às urnas eletrônicas no dia 2 de outubro, data em que ocorrerá o primeiro turno, e se necessário, novamente no dia 30 de outubro, data em que está agendado o segundo turno.
O regime constitucional brasileiro é o presidencialismo e desde a Proclamação da República, o Brasil ele é governado pelos três poderes, sendo eles: Legislativo, Executivo e Judiciário. O voto no país é popular e as eleições presidenciais ocorrem de quatro em quatro anos.
E quanto antes começarmos essa preparação e processo de escolha, melhor, afinal são vários votos que terão de ser dados em 2022, já que as eleições envolvem os cargos de presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, senador, deputados federais e deputados estaduais.
Nosso foco aqui, serão os candidatos a presidência, o maior cargo político do Brasil - chefe de estado e de governo da República Federativa do Brasil. Abaixo, confira quem são eles e quais as suas propostas para a área econômica.
Candidatos à presidência
Atualmente, são dez as pré-candidaturas para a presidência do Brasil. Veja quais são:
- André Janones (Avante);
- Ciro Gomes (PDT);
- Jair Bolsonaro (PL);
- João Dória (PSDB);
- José Maria Eymael (DC);
- Leonardo Péricles (UP);
- Luiz Felipe d'Avila (Novo;
- Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
- Simone Tebet (MDB);
- Vera Lúcia (PSTU).
Luciano Bivar (União Brasil) e Pablo Marçal (Pros) também tiveram suas pré-candidaturas anunciadas recentemente e serão incluídas na próxima atualização do infográfico oficial de candidatos.
Eleições 2022: quais as propostas econômicas de cada candidato? Confira
As propostas de cada uma deles referentes à economia foram levantadas baseadas em planos de governo protocolados na Justiça Eleitoral. Veja o que cada candidato propõe sobre a economia e empregos.
André Janones (Avante)

- Mesmo não apresentando formalmente suas propostas, o pré-candidato afirma defender a implementação de uma Reforma Tributária;
- Defende também a taxação das grandes fortunas e bens de luxo;
- A realização de cortes de gastos para financiar programas sociais;
- Pretende diminuir os preços dos combustíveis, com mudanças da política de preços da Petrobras, que segue hoje variações do preço internacional do petróleo.
Ciro Gomes (PDT)

- Deseja manter o equilíbrio fiscal;
- Pretende taxar as grandes fortunas, lucros e dividendos, e isentar os tributos de pessoas carentes;
- Acabar com o teto de gastos da educação, saúde, infraestrutura;
- Nos dois primeiros anos de mandato, pretende criar 5 milhões de vagas de emprego, retomando obras já licitadas que estão paradas e/ou não começaram;
- Reajustar o salário-mínimo acima do PIB;
- Reduzir o custo da gasolina e do diesel com uma nova política de preços dos combustíveis;
- Ajudar 63,7 milhões de brasileiros que estão com seu nome sujo para deixarem de ser inadimplentes, criando assim um programa de descontos de dívida;
- Recuperar estoques reguladores de preços dos alimentos.
Jair Bolsonaro (PL)

- Mesmo não apresentando formalmente suas propostas, o pré-candidato defende rever teto de gastos para usar recursos para obras de infraestrutura se houver excesso de arrecadação tributária;
- O ministro Paulo Guedes afirma que a Reforma Tributária será prioridade caso ocorra o segundo mandato para reduzir o IR de PF e PJ; tributar lucros e dividendos; desonerar folha de pagamentos; e criar tributo nas transações financeiras, parecidas ao CPMF;
- Guedes também defende uma nova versão melhorada da Reforma Tributária, com foco no aumento do IR dos super-ricos e na redução da tributação de empresas. O ministro defende também o fim de toda e qualquer tributação sobre a indústria;
- Privatização de estatais, entre elas a Petrobras;
- Defende tornar país auto suficiente e exportador de trigo;
- Criação da Carteira de Trabalho Verde e Amarela, isentando assim empregadores de contribuição ao INSS e alíquotas do Sistema S e reduzindo pagamento ao FGTS.
João Dória (PSDB)

- Deseja manter o teto de gastos, a Reforma Trabalhista, a independência do BC e dos programas de auditoria e monitoramento dos benefícios assistenciais e previdenciários;
- Pretende revisar políticas sociais, como seguro defeso e abono salarial;
- Eliminar sobreposições entre FGTS e seguro-desemprego;
- Reduzir condenações judiciais e precatórios da União;
- Fazer privatizações;
- Proteger empregados de aplicativos;
- Defende a Reforma Sindical para fortalecer assim as negociações coletivas;
- Subsidiar parcialmente formação de trabalhadores contratados;
- Proteger informais da oscilação de renda;
- Melhorar o Sistema S, aderindo a cursos para a capacitação da demanda produtiva e acessíveis a empresas menores.
José Maria Eymael (DC)

- Incentivar a construção civil e políticas de desenvolvimento urbano e saneamento básico;
- Incentivar micro, pequenas e médias empresas;
- Formação de mão de obra com cursos profissionalizantes;
- Gerenciar os gastos públicos e novos investimentos em obras prioritárias e de alcance social com eficácia;
- Estimular instalação de pólos de desenvolvimento;
- Diminuir custo do crédito para o setor produtivo;
- Apoiar e incentivar o turismo;
- Incentivar o agronegócio e os pequenos e médios produtores;
- Reforma Tributária para simplificar sistema e reduzir carga;
- Estimular a criação de empregos para jovens e pessoas mais velhas.
Leonardo Péricles (UP)

- Pretende suspender o pagamento da dívida pública;
- Taxar grandes fortunas;
- Gerar emprego com investimento do governo;
- Deseja o fim do teto de gastos em Saúde e Educação;
- Pretende revogar a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência;
- Reestatização de empresas privatizadas.
Luiz Felipe D’ávila (Novo)

- Pretende promover a abertura econômica unilateral, reduzindo os níveis de proteção tarifária e não-tarifária para bens e serviços;
- Fortalecer a agenda internacional para as negociações comerciais relacionadas a sustentabilidade;
- Encerrar programas de incentivo econômico baseados em exigências corporativas;
- Reestruturar e desburocratizar logística de portos;
- Rever a política tributária, reduzindo as tarifas sobre exportações;
- Simplificar a tributação sobre consumo, renda e folha de pagamentos e revisar regimes simplificados de tributação.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

- Uma nova Reforma Trabalhista com negociação tripartite e atenção para trabalhadores informais e de aplicativos;
- Política de valorização real do salário mínimo;
- Retomada do investimento público, concessões, créditos e garantias públicas;
- Reativar obras paradas;
- Políticas de trabalho e renda para jovens, mulheres e população negra;
- Fortalecer as micro e pequenas empresas, com crédito para pequenos empreendedores e promoção do empreendedorismo e da economia solidária;
- Recuperar capacidade industrial do país;
- Realizar o fim do teto de gastos para investimentos em Saúde e Educação;
- Revisar política de preços de combustíveis e fazer com que a dependência das cotações internacionais de petróleo diminua para nosso país;
- Realizar Reforma Tributária;
- Implementar novamente o OP (Orçamento Participativo).
Simone Tebet (MDB)

- Mesmo não apresentando formalmente suas propostas, Simone Tebet diz ser a favor da implementação de um programa de concessões na área de infraestrutura e estabelecer parcerias público-privadas;
- Defende realizar Reforma Administrativa e Reforma Tributária, focando na unificação de impostos e a redução de proporção de impostos paga pelos mais pobres;
- Defende a modernização do parque industrial brasileiro;
- Por mais participação da iniciativa privada na operação de portos, aeroportos, rodovias e hidrovias.
Vera Lúcia (PSTU)

- Duplicar salário-mínimo, rumo ao mínimo do Dieese (R$ 6.394,76 em março);
- Corrigir automaticamente os salários para combater carestia e inflação;
- Revogar Reforma Trabalhista e Reforma de Previdência;
- Fim da precarização do trabalho e terceirizações;
- Carteira assinada, estabilidade, férias, 13º e aposentadoria para todos os trabalhadores;
- Diminuir a jornada para 30 horas semanais, mas sem reduzir salários;
- Obras públicas para gerar trabalho e cobrir déficits históricos em moradia, infraestrutura e saneamento;
- Taxar super-ricos e bilionários;
- Expropriar grandes empresas e multinacionais;
- Suspender pagamento da dívida pública e extinguir teto de gastos;
- Reestatizar empresas privatizadas.
Perguntas frequentes
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato André Janones (Avante)?
Mesmo não apresentando formalmente suas propostas, o pré-candidato afirma defender a implementação de uma Reforma Tributária; Defende também a taxação das grandes fortunas e bens de luxo; A realização de cortes de gastos para financiar programas sociais;
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato André Janones (Avante)?
Pretende diminuir os preços dos combustíveis, com mudanças da política de preços da Petrobras, que segue hoje variações do preço internacional do petróleo.
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato Ciro Gomes (PDT)?
Deseja manter o equilíbrio fiscal; Pretende taxar as grandes fortunas, lucros e dividendos, e isentar os tributos de pessoas carentes; Acabar com o teto de gastos da educação, saúde, infraestrutura; Nos dois primeiros anos de mandato, pretende criar 5 milhões de vagas de emprego, retomando obras já licitadas que estão paradas e/ou não começaram;
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato Ciro Gomes (PDT)?
Reajustar o salário-mínimo acima do PIB; Reduzir o custo da gasolina e do diesel com uma nova política de preços dos combustíveis; Ajudar 63,7 milhões de brasileiros que estão com seu nome sujo para deixarem de ser inadimplentes, criando assim um programa de descontos de dívida; Recuperar estoques reguladores de preços dos alimentos.
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato Jair Bolsonaro (PL)?
Mesmo não apresentando formalmente suas propostas, o pré-candidato defende rever teto de gastos para usar recursos para obras de infraestrutura se houver excesso de arrecadação tributária; O ministro Paulo Guedes afirma que a Reforma Tributária será prioridade caso ocorra o segundo mandato para reduzir o IR de PF e PJ; tributar lucros e dividendos;
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato Jair Bolsonaro (PL)?
desonerar folha de pagamentos; e criar tributo nas transações financeiras, parecidas ao CPMF; Guedes também defende uma nova versão melhorada da Reforma Tributária, com foco no aumento do IR dos super-ricos e na redução da tributação de empresas. O ministro defende também o fim de toda e qualquer tributação sobre a indústria;
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato Jair Bolsonaro (PL)?
Privatização de estatais, entre elas a Petrobras; Defende tornar país auto suficiente e exportador de trigo; Criação da Carteira de Trabalho Verde e Amarela, isentando assim empregadores de contribuição ao INSS e alíquotas do Sistema S e reduzindo pagamento ao FGTS.
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato João Dória (PSDB)?
Deseja manter o teto de gastos, a Reforma Trabalhista, a independência do BC e dos programas de auditoria e monitoramento dos benefícios assistenciais e previdenciários; Pretende revisar políticas sociais, como seguro defeso e abono salarial; Eliminar sobreposições entre FGTS e seguro-desemprego;
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato João Dória (PSDB)?
Reduzir condenações judiciais e precatórios da União; Fazer privatizações; Proteger empregados de aplicativos; Defende a Reforma Sindical para fortalecer assim as negociações coletivas; Subsidiar parcialmente formação de trabalhadores contratados;
Eleições 2022: quais as propostas econômicas do candidato João Dória (PSDB)?
Proteger informais da oscilação de renda; Melhorar o Sistema S, aderindo a cursos para a capacitação da demanda produtiva e acessíveis a empresas menores.