Provavelmente, se você investe na B3 (Bolsa de Valores brasileira) já deve ter ouvido falar em emolumentos. Eles estão presentes na vida de quem opera no mercado de renda variável, impactando diretamente no bolso dos investidores.

Caso você esteja começando a investir em ações, conhecer esse e outros custos operacionais, é de extrema importância para se planejar e evitar algumas surpresas na hora da conferência de seu extrato de operações.

Por isso, vamos entender melhor o que é o emolumento e como ele impacta na sua vida de investimentos.

O que são emolumentos?

Emolumento é uma maneira usada para remunerar um prestador de serviço. Ele também é usado em outros segmentos, como cartórios, por exemplo. Mas para quem investe, ele é muito importante no mercado financeiro.

Os investimentos que são cobrados com os emolumentos são os ativos negociados na B3, como: ações, BDRs (Brazilian Depositary Receipts), fundos imobiliários (FIIs) e fundos de índice (ETFs).

Para os ativos negociados no mercado futuro, como: contratos de dólar e índice, minicontratos e ouro, por exemplo, também fazem o uso dos emolumentos para cobrarem suas negociações, mas os cálculos e valores são diferentes do mercado à vista.

O que é a taxa de emolumentos em investimentos?

Os emolumentos são taxas de negociação e liquidação que são cobradas por pregão, de acordo com o volume que foi negociado pelo investidor na B3, pelos serviços que são prestados.

Alguns desses serviços podem ser a compra e venda de ativos de renda variável, e o registro deles com segurança. A taxa é cobrada de acordo com essas operações. A B3 cobra de taxa, aproximadamente 0,030% do valor financeiro da operação atualmente.

Vale lembrar que o valor da taxa não é fixo, já que podem ser alteradas de um pregão para o outro. Outro ponto a ser dito é que a B3 tem total liberdade de criar ou alterar emolumentos quando ela quiser.

Para que servem os emolumentos?

Os emolumentos existem para remunerar a B3, já que ela registra, cataloga e protege cada operação feita em seu ambiente de negociações. Para que todas essas transações aconteçam com segurança das informações, o custo é alto.

Quando um investidor investe na Bolsa, ele está garantido pela CBLC (Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia), criada em 1997 para que todas as transações sejam feitas com seguranças em suas negociações.

Mesmo com a mudança de nome em 2008 (passando a se chamar Câmara de Ações e Renda Fixa Privada), a sigla antiga continua sendo usada no mercado. Atualmente, ela é gerida pela B3 e supervisionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliário).

Isso significa que, caso você compre ações da B3, elas ficarão sob a custódia da CBLC, sendo uma proteção caso a corretora de valores que está no seu investimento venha a falir, por exemplo.

Quais são os tipos de emolumentos?

Existem três tipos de emolumentos:

  • day trade;
  • operações normais;
  • leilões de abertura ou fechamento e OPA (Ofertas Públicas de Aquisição).

Eles dependem também de três fatores:

  • volume negociado;
  • tipo de operação;
  • perfil de investidor (pessoa física, pessoa jurídica, fundos ou clube de investimentos).

Como as taxas têm muita variação conforme a política de tarifação da Bolsa, recomenda-se acessar o site da B3 para acompanhar os valores atualizados de emolumentos.

É muito importante lembrar que a Bolsa de Valores é a única responsável por definir os percentuais de emolumentos, sendo sempre iguais em qualquer instituição financeira que for investir.