Na última sexta-feira, dia 1º de outubro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o auxílio emergencial deve ser prorrogado. Sem dar muitos detalhes, as declarações ocorreram em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Em suma, essa é a primeira vez que o ministro fala sobre a renovação do benefício.

De acordo com Paulo Guedes, em um evento sobre a Cédula de Produto Rural (CPR) Verde:

"Estamos confiantes que o Brasil segue na trajetória do crescimento. O ministro Tarcísio (de Freitas, da Infraestrutura) vai vender mais 22 aeroportos, o ministro (Rogério) Marinho (do Desenvolvimento Regional) vai terminar as obras não concluídas, e o ministro João Roma (Cidadania) vai estender o auxílio emergencial. Então, somos um time remando pelo Brasil".

Em suma, o governo já cogitava, de acordo com informações de O Globo, a liberação de novas parcelas do auxílio emergencial, que tem a sua última rodada de pagamentos prevista para o mês de outubro. O objetivo é não desamparar cerca de 25 milhões de trabalhadores informais, que fazem parte do programa, por conta dos impactos da pandemia.

Parcelas e valores indefinidos

Apesar de fazer o anúncio de prorrogação do benefício, o governo ainda não definiu o número de parcelas. Além disso, não divulgou se as parcelas devem ter o mesmo valor de início da prorrogação.

Atualmente, o auxílio emergencial é ofertado em 3 faixas, que mudam de acordo com a composição familiar. Sendo assim, quem mora sozinho ganha R$ 150, enquanto que uma família com duas pessoas ou mais, recebe R$ 250. Por fim, as famílias chefiadas por mães monoparentais, recebem R$ 350. b

Ademais, ainda está em discussão, uma nova sistemática de pagamentos, intitulado de repasse descrescente. Ou seja, com o intuito de não cortar o valor de vez, mas sim, de reduzir o valor do benefício aos poucos. Dessa forma, o programa não deve impactar os mais de 25 milhões de trabalhadores informais que ganham o benefício.

Auxílio até o fim de 2022

O governo estuda prorrogar o auxílio emergencial até o fim de 2022. Em suma, os integrantes da ala política defendem o projeto de aumentar o valor do auxílio emergencial para R$ 400 ou R$ 500. Inclusive, a intenção é evitar que o benefício termine antes das eleições - o que pode favorecer a reeleição de Jair Bolsonaro.

Entretanto, a equipe econômica disse que a medida pode acelerar ainda mais a inflação, que já está na casa dos dois dígitos. Ao R7, uma fonte do governo explicou que:

"A inflação vai continuar subindo. Aí, quem pegar o país vai pegar todo complicado. É incrível a falta de patriotismo, de responsabilidade de quem está defendendo. Na verdade vai ser ruim para todo mundo, vai ser ruim para o governo, vai ser ruim para o Brasil".