Neste mês de janeiro, o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), aumentou 1,79%, após cair 0,14% em dezembro. Os dados foram divulgados hoje, dia 17 de janeiro, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre).

Em suma, os preços para estruturar o indicador são coletados entre os dias 11 do mês anterior, e 10 do mês de referência. Eles servem de base para o reajuste de tarifas públicas e contratos de aluguel e planos de saúde. O IGP agrupa os indicadores de preços ao produtor, ao consumidor, bem como o custo da construção civil.

A partir desse resultado, o índice acumula um aumento de 17,82% em 12 meses. Já na comparação anual, em janeiro de 2021, o IGP-10 cresceu 1,33%, com acumulado de 12 meses de 24,49%. Segundo o coordenador dos Índices de Preços do instituto, André Braz, o principal fator para o aumento desse indicador, foi a alta no preço de commodities e pela baixa na gasolina.

"As acelerações observadas nos preços do minério de ferro, que passaram de -19,28% em dezembro para 24,56% em janeiro, e da soja, indo de -3,41% para 2,92%, itens de maior peso no índice ao produtor, orientaram o avanço da taxa do IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), com maior influência sobre o IGP-10. Já a inflação ao consumidor e na construção civil apresentou desaceleração em função da queda do preço da gasolina, que foi de 5,50% para -1,51%, e dos preços de vergalhões e arames de aço, que passaram de -0,40% para -1,61%", explica Braz.

Índice de Preços ao Produtor Amplo

No mês de janeiro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) aumentou 2,27%, depois da queda de 0,51% em dezembro. Por estágios de processamento, os Bens Finais oscilaram de 0,42% para 0,75%, puxados pelo subgrupo alimentos in natura, os quais passaram de -2,84% para 3,14%. Enquanto isso, o índice dos Bens Finais, que não considera os alimentos in natura e combustíveis para o consumo, aumentou 0,87% em janeiro, depois de variar 0,46% em dezembro.

Por outro lado, o grupo Bens Intermediários teve a taxa desacelerando de 1,98% em dezembro para 0,55% em janeiro. A principal contribuição veio do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que mudou de 4,28% para -1,31%. Enquanto isso, o índice de Bens Intermediários, que não considera na análise esse subgrupo, variou 0,86% em janeiro, após alta de 1,60%.

Com relação ao grupo Matérias-Primas Brutas, o índice aumentou de -3,78% em dezembro para 5,43% no mês de janeiro. As principais contribuições vieram do minério de ferro, da soja em grão e do milho em grão, que variaram de -4,71% para 2,86%. As principais desacelerações aconteceram nos itens bovinos (11,28% para 2,73%), café em grão (10,83% para 4,24%) e cana-de-açúcar (3,08% para 1,53%).

Preços ao consumidor

Segundo o FGV Ibre, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) aumentou 0,40% em janeiro. Dessa forma, desacelerou em relação ao crescimento de 1,08% de dezembro. Entre as 8 classes de despesa componentes do índice, 5 tiveram redução nas taxas.

São elas: os Transportes (2,49% para -0,26%); Educação, Leitura e Recreação (2,61% para 0,38%); Comunicação (0,08% para 0,00%); Despesas Diversas (0,16% para 0,10%); e Habitação (0,77% para 0,74%).

Além disso, as principais contribuições aconteceram nos combustíveis e lubrificantes (5,60% para -1,61%); passagem aérea (17,18% para -4,37%); combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,16% para 0,04%); alimentos para animais domésticos (0,78% para 0,45%); e tarifa de eletricidade residencial (1,86% para 1,63%).

Por fim, apontaram aceleração nas taxas, os grupos Alimentação (0,59% para 0,88%); Vestuário (0,19% para 1,31%); e Saúde e Cuidados Pessoais (0,12% para 0,15%). Ademais, as maiores influências foram nas frutas (2,52% para 10,35%), roupas (0,24% para 1,51%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,06% para 0,38%).

Índice Nacional de Custo da Construção

O último componente do IGP-10, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,50% em janeiro. Isso acontece, após a alta de 0,54% em dezembro.

Em suma, os Materiais e Equipamentos passaram de 0,81% para 0,91%, enquanto que os Serviços foram de 0,61% para 0,97%. Já a Mão de Obra foi de 0,28% em dezembro para 0,05% em janeiro.

Com informações Agência Brasil.