Na última quarta-feira (23), a holding Itaúsa anunciou a venda de 12 milhões de ações classe A da XP por R$ 1,8 bilhão. O número representa 2,14% do capital total da corretora. Dessa forma, a Itaúsa deterá 11,51% do capital total da XP e 3,63% de seu capital votante.

De acordo com a Itaúsa, seguem inalterados "os termos e condições do Acordo de Acionistas da XP descritos no Fato Relevante de 1º de fevereiro de 2021 da Itaúsa, principalmente quanto ao direito de indicar membros ao Conselho de Administração e Comitê de Auditoria da XP".

Ademais, a holding afirma que a alienação ocorreu por conta da decisão estratégica de reduzir a sua participação na XP. Isso ocorreu, por não se tratar de um ativo estratégico. Além disso, a Itaúsa deseja recompor o caixa da holding, devido aos investimentos realizados.

A Itaúsa disse ainda, que a alienação afetará de forma positiva, os resultados da holding do 1T22. De acordo com a empresa, o impacto será em torno de R$ 1,1 bilhão, líquido de impostos.

Itaúsa pode vender mais ações da XP

Em suma, a Itaúsa afirmou ainda, que dependendo das condições de mercado, poderá vender até 24 milhões de ações ordinárias classe A da XP em 2022, de um total de 64,5 ações que possui atualmente.

O anúncio acompanha a declaração que o presidente-executivo da Itaúsa, Alfredo Setubal, tinha afirmado no mês de fevereiro. Na ocasião, ele disse que faria novas vendas de papéis da XP de forma a otimizar os resultados e reduzir, ao máximo possível, os impostos a pagar.

Itaúsa apresenta proposta de compra da CCR

A Votorantim e a Itaúsa afirmaram também, a proposta de R$ 4,1 bilhões pela fatia da Andrade Gutierrez, na concessionária de infraestrutura CCR.

A oferta, aceita pela Andrade Gutierrez, envolve 300,15 milhões de ações, a R$ 13,75 cada, ou 14,9% da CCR, dise a Votorantim, que investirá R$ 1,3 bilhão do total. O valor representa um prêmio de 5% sobre o valor de fechamento da ação da CCR na última quarta-feira (23) na B3, de R$ 13,10.

Se considerarmos a participação de 5,8% da CCR que a Votorantim já tem, ao final da transação, Votorantim e Itaúsa terão, cada uma, em torno de 10,3% do capital da CCR.